Entenda a história da ave perdida da Mata Atlântica
Aventuras Na História
A história da pomba Paraclaravis geoffroyi, popularmente conhecida como pararu-espelho, está envolta em inúmeros mistérios que se tornaram alvo de pesquisas para especialistas em pássaros.
Essa ave típica da Mata Atlântica está desaparecida da natureza há muitos anos, considerada criticamente ameaçada de extinção desde 1994, como revelou uma reportagem da revista Galileu.
De acordo com uma reportagem publicada pelo G1, a preocupação com o sumiço da ave começou na década de 1980. Desde então, os pesquisadores basicamente já não tinham mais esperanças de encontrar remanescentes da espécie, que tinha tudo para entrar para a triste lista de animais extintos. Contudo, a incerteza da extinção total ainda gera esperanças de que essas aves ainda existam.
Para os especialistas, o sumiço desses pássaros da natureza pode estar relacionado à devastação de seu habitat natural, mas, até o momento, só existem especulações sobre o caso.
Outra teoria é a de que a proibição da criação da espécie em cativeiro tenha contribuído para o declínio. Contudo, o desaparecimento de tal ave ainda é um enigma para a comunidade científica.
A busca continua
Enquanto alguns pesquisadores acreditam que a espécie já não exista mais na natureza, outros se dedicam a encontrá-la. É o caso de estudiosos da Universidade Metropolitana de Manchester, com integrantes argentinos e brasileiros na equipe.
Em uma recente pesquisa publicada pelo jornal científico Frontiers in Ecology and Evolution, os pesquisadores reuniram alguns dados pouco explorados das últimas vezes em que o pararu-espelho foi visto e chegaram a algumas conclusões.
De acordo com o estudo, nas últimas vezes em que as aves foram vistas, não foram registados sons nem imagens. Por esse motivo, os pesquisadores se dedicaram a encontrar registros feitos por pessoas que mantinham esses pássaros em cativeiro, quando a prática ainda não era proibida.
Com esforço, os especialistas conseguiram resgatar vídeos dessas aves, e assim, pela primeira vez foi possível identificar como é o som emitido por esses pássaros. De acordo com o líder do estudo, Alexander Lees, essa descoberta contribui na busca por esses animais:
“Nossas chances de ouvir a espécie são obviamente baixas, mas implantar dezenas de gravadores de som autônomos perto de plantações de bambu e procurar as vocalizações ao longo das gravações leva o esforço de busca a um nível totalmente novo”.
Ainda há esperança
Com os novos dados, os especialistas chegaram à conclusão de que é possível de que ainda existam remanescentes dessa espécie em uma floresta tropical no norte da Argentina.
“Minha esperança é que, embora esta seja uma espécie quase impossível de ver, ela ainda esteja lá fora e, esperançosamente, nossa pesquisa e os modelos que criamos possam ajudar a orientar as pesquisas para os lugares mais prováveis em que ela ainda possa estar aguentando", revelou Keller.
Agora, os estudiosos continuarão nas buscas pela ave perdida, e caso encontrem, pretendem criar um programa de reprodução para salvar a espécie. Confira a pesquisa completa aqui.
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