Home
Notícias
Há 20 anos, Toninho, ex-prefeito de Campinas, era assassinado
Notícias

Há 20 anos, Toninho, ex-prefeito de Campinas, era assassinado

publisherLogo
Aventuras Na História
11/09/2021 11h00
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/14677175/original/open-uri20210911-19-yknn9n?1631358441
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Era final de noite em 10 de setembro de 2001. Antônio da Costa Santos havia completado oito meses de mandato como prefeito da cidade de Campinas, no interior de São Paulo, fazia dez dias. Ele deixou o prédio da Prefeitura e foi até um shopping, pouco antes das 22h. 

O que ninguém esperava era receber a notícia de que o político do Partido dos Trabalhadores foi baleado por um disparo que o atingiu na artéria aorta. Alvejado por três disparos naquela noite, não era possível que Toninho, como era conhecido, sobrevivesse. E foi o que aconteceu.

Naquela noite de 10 de setembro, a cidade de Campinas — e, mais tarde, todo o Brasil — se chocou ao saber que seu prefeito havia sido assassinado. Uma pistola 9 milímetros foi a responsável pela morte de Antônio, eleito com 290.132 votos, como informou o G1 em reportagem especial.

Toninho estava saindo do shopping Iguatemi e indo em direção a sua casa, dirigindo seu carro, um Fiat Palio, e passando pela Avenida Mackenzie. Além da prefeitura, o arquiteto de 49 anos deixou a psicanalista Roseana Moraes Garcia, sua esposa, e a filha, Marina Santos, de apenas 14 anos na época do assassinato.

O ex-prefeito de Campinas / Crédito: Divulgação/EPTV

 

Como lembra o portal local ACidadeOn, a última ação do político como prefeito de Campinas foi o discurso no ato solene do Movimento Negro, realizado no Salão Vermelho da Prefeitura naquela noite de 10 de setembro. 

A morte do ex-prefeito de Campinas completou 20 anos na última sexta-feira, 10, e ainda gera questionamentos. Afinal, ainda não existem conclusões sobre autoria e motivação do crime que resultou no assassinato de Toninho, em investigações que persistiram por duas décadas.

O crime histórico, como explica o G1, prescreve. Isso significa que, mesmo que a pessoa que executou o assassinato seja identificada com provas, ela não poderá ser punida pois existe um prazo legal estipulado para a execução da lei; o que acontece com o caso do político petista ao completar 20 anos sem solução.

A família de Toninho acredita que ele foi morto por motivação política, não apenas por sua atuação na prefeitura, mas ao longo de toda sua jornada política. Alguns exemplos são a colaboração com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico, ações populares contra grandes empreiteiras, sua luta pelo tombamento de prédios históricos contra a especulação imobiliária e denúncias contra supostas irregularidades no contrato do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Carro de Toninho atingido / Crédito: Divulgação/G1

 

O Ministério Público afirmou que não descarta a tese para explicar o assassinato, mas aponta que ainda não foram encontradas evidências para sustentar a teoria de motivação política por trás da morte de Toninho.

Por outro lado, o MP ressalta que existem indícios de que o tiro que tirou a vida do ex-prefeito pode ter vindo do sequestrador Anderson José Bastos, conhecido como Ancio, que fazia parte da quadrilha do traficante Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, que fugia pela Avenida Mackenzie naquela noite. 

Segundo a Polícia Civil, o carro do arquiteto estaria atrapalhando a rota de fuga da quadrilha que tentava escapar das autoridades naquela noite, o que fez com que ele fosse alvejado. Andinho foi inclusive denunciado por homicídio qualificado e duas tentativas de latrocínio, mas, sem evidências suficientes, acabou liberado. 

Ancio e outros criminosos foram mortos em 2003 por policiais civis de Caraguatatuba, no litoral norte paulista. As investigações foram retomadas, no entanto, não resultaram em nenhuma conclusão contundente.


+Saiba mais sobre política por meio de grandes obra disponíveis na Amazon Brasil:

Curral da Morte: o impeachment de sangue, poder e política no Nordeste, de Jorge Oliveira (2010) - https://amzn.to/3lJqUtK

Os bestializados: O Rio de Janeiro e a República que não foi (eBook), de José Murilo de Carvalho (2019) - https://amzn.to/3drezru

O lulismo em crise: Um quebra-cabeça do período Dilma (2011-2016) (eBook), de André Singer (2018) - https://amzn.to/2Uhw0ms

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também