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Há 52 anos, o rio Cuyahoga pegava fogo e mudava as leis ambientais dos EUA
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Há 52 anos, o rio Cuyahoga pegava fogo e mudava as leis ambientais dos EUA

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Aventuras Na História
23/06/2021 14h33
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Em 22 de junho de 1969, um impressionante incêndio em Cleveland, no estado de Ohio, EUA, chamou atenção do país para uma causa ambientalista pouco explorada pela imprensa até então; o rio Cuyahoga pegou fogo e resultou em grandes labaredas em decorrência da poluição presente do sistema de esgoto e descarte da região.

Apesar de ter sido rapidamente acometido por bombeiros antes que as chamas fossem registradas em fotografia, o destaque dado pela revista TIME no dia seguinte com uma imagem ilustrativa chamou chocou a população local.

A foto estampada na capa havia sido capturada 17 anos antes do fato, em 1952. Apesar disso, tratava-se do mesmo rio e das mesmas condições de incêndio.

De acordo com a revista, o registro mostrou o perigo que a poluição poderia causar na região — tanto pelos efeitos diretos, que impossibilitavam o consumo da água e o equilíbrio do bioma marinho, quanto pela possibilidade de novos incêndios, que acometiam a cidade com um cheiro insuportável. Dessa maneira, algo precisava ser feito para evitar a situação corriqueira.

Plano de recuperação

Após o ocorrido, uma estimativa foi levantada pelas autoridades locais, impressionando ainda mais os moradores próximos ao rio Cuyahoga; segundo o jornal Zero Hora, o rio pegou fogo em treze ocasiões entre os anos de 1868 e 1969. Com tal fato, a revolta popular iniciou a pressão para a criação de algum mecanismo para despoluir e proteger os recursos naturais.

Em decorrência disso, a Lei da Água Limpa foi criada e aplicada em âmbito nacional três anos depois, obrigando a manter um nível de pureza e punindo indústrias próximas que despejaram produtos químicos inflamáveis durante décadas, como explicou a filial da emissora norte-americana ABC em Cleveland.

Além disso, o episódio resultou na criação de agências para a averiguação desta lei, destinadas unicamente para a proteção ambiental em âmbito estadual e federal, prometendo um progresso nas décadas seguintes.

Fotografia recente do rio restaurado com a área verde ao redor / Crédito: Wikimedia Commons / GandZ 

 

Resultado da preocupação

Os primeiros indícios de recuperação começaram a aparecer na segunda metade da década de 1980, chegando a ser considerado “à prova de fogo” em 1989, mesmo sem a limpeza completa, como informava o New York Times na época. O veículo ainda acrescentou que poucas espécies de peixes retornavam ao local, como robalos, insetos e moluscos.

Em março de 2019, próximo de completar 50 anos do último incêndio no rio, a Ohia EPA realizou um levantamento ainda mais animador; o status de tóxico foi deixado de lado, reconhecendo que a vida marinha no local já condiz com o período anterior às alterações do homem. 

Por fim, as margens do trecho em Cleveland se tornaram um símbolo de progresso para a cidade, visto que, além de instalar diversos locais de lazer ao redor do rio, hoje consegue estimular o turismo da cidade com aluguel de barcos, caiaques e serviço de táxi aquático, contando com restaurantes e bares com vistas para as limpas águas do Cuyahoga.


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