Homem que causou indignação ao usar capacete do Reich nega ser nazista, mas diz que admira Hitler
Aventuras Na História
Um caso que chocou a internet na última semana teve novos desdobramentos no Rio Grande do Sul. Isso porque um homem de 21 anos gravou um vídeo onde aparece com capacete nazista e repete um movimento feito por nazistas no passado. Durante a gravação, ele diz que tinha o objetivo de sair na rua e produzir conteúdo.
Após o vídeo viralizar nas redes sociais, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul realizou busca e apreensão. Durante depoimento, repercutido pelo O Globo, o delegado Alexandre Souza disse que o rapaz declarou não ser nazista e muito menos que havia feito apologia ao regime de Hitler: o vídeo era apenas ‘zoeira’.
No entanto, o rapaz que aparece nas filmagens, segundo o delegado, também disse ter feito a saudação que exalta o regime pois é 'admirador' de Hitler.
Com a investigação iniciada em sua residência, localizada em Tramandaí, na última sexta-feira, 3, o homem passa a ser investigado pelo crime de apologia ao nazismo, que pode resultar em cinco anos de prisão, além da multa.
A Constituição brasileira é clara quanto ao uso de material que compreende o regime de Adolf Hitler. A lei 7.716/1989 informa que é proibido "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular, símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena - reclusão de dois a cinco anos e multa".
O vídeo
No vídeo que viralizou nas redes sociais e gerou indignação, o homem aparece com o capacete e diz que pretende comprar a roupa completa que compreende o uniforme dos soldados do Reich. “Olha o que chegou pra mim, meu chapéu da legião hitlerista, porr*, tamo junto, caralh*!”, diz ele.
“Com esse chapéu aqui vou fazer os vídeos, tá ligado", afirma ele. "Vou sair com ele na rua e estou pra comprar a roupa também. Vai ficar top! valeu, é nois!”, diz o jovem, que novamente realiza uma saudação nazista.
O nazismo
Ao lado de outras mentes cruéis, Adolf Hitler foi o responsável pelo massacre de judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová e outras minorias durante a Segunda Guerra Mundial.
No Terceiro Reich, aqueles excluídos da ‘raça ariana’ eram enviados para campos de trabalho forçado e execução. Uma das vítimas brasileiras do regime é o senhor Andor Stern.
“Eu tive o privilégio de ter reposto tudo que eu perdi. A vida me compensou de verdade: me deu, por exemplo, uma família maravilhosa e a oportunidade de, ainda com a minha idade, ser lúcido. Eu não tenho muito do que reclamar da vida, ainda que tenha vivido o que eu presenciei”, disse ele em entrevista ao site Aventuras na História no ano passado.