Ligação com a neta da Marquesa de Santos e força em momentos históricos: A história do Jockey Club em São Paulo
Aventuras Na História
No dia 14 de março de 1875, a cidade de São Paulo recebeu a inauguração de uma importante instituição que faz parte da história da cidade: o Jockey Club de São Paulo — que na época era chamado de Club de Corridas Paulistano.
Seus dois principais fundadores foram o jovem Raphael Paes de Barros, filho do Barão de Itú e neto do Barão de Iguape; e Antônio Silva Prado, que mais tarde viria a ser conhecido como Capitão Antônio Prado.
Há 146 anos, a história do Jockey Club se confunde com a própria história da cidade, afinal, o local não só tem relação com a neta da Marquesa de Santos, como também fez parte da luta pela abolição da escravatura.
Da primeira corrida a mudança de endereço
O dia 29 de outubro de 1876 marca a data em que a primeira corrida oficial do Jockey Club foi realizada. Como recorda o site da própria instituição, o evento aconteceu no Hipódromo da Mooca, na rua Bresser.
Na ocasião, antes da corrida, o local recebeu a apresentação de uma banda musical, o que atraiu um grande público. Porém, a disputa era totalmente diferente do que conhecemos hoje, afinal, apenas dois cavalos foram inscritos.
Eles eram: Republicano, desafiado por Macaco. Apesar disso, o que se viu naquele dia nas colinas da Zona Leste da Capital foi ‘azarão’ conseguir vencer o primeiro prêmio da Província.
As competições passaram a ter um novo endereço a partir de janeiro de 1941, quando o Hipódromo de Cidade Jardim, que foi concebido por Fábio Prado, prefeito de São Paulo e presidente do Jockey Clube.
Como aponta matéria do site Arquivo.arq, que reúne um acervo sobre produções arquitetônicas de São Paulo, o novo espaço, construído às margens do Rio Pinheiros, possui uma área de 600 metros quadrados.
A construção só foi possível graças a doação da Companhia City, segundo relata o site do Jockey Club. Em um primeiro momento, o novo hipódromo estava sendo planejado para ser construído no Ibirapuera, mas a companhia ofereceu o terreno no bairro, até então distante do resto da cidade, para favorecer a valorização da região — o que de fato aconteceu com o passar dos anos.
O Jockey histórico e político
Além da contribuição com o desenvolvimento da cidade, o Jockey Club também faz parte de sua história. Ainda no Hipódromo da Mooca, em julho de 1877, o público presenciou a primeira vitória de um cavalo que tinha uma mulher como proprietária.
De acordo com o site do Jockey, Corisco, como o equino era chamado, pertencia à Maria Domitila Aguiar de Castro, que era neta da Marquesa de Santos, uma das mulheres mais famosas do Brasil Império. Anos depois, em abril de 1912, o espaço foi usado para a decolagem do aeroplano do Comandante Edú Chaves, que tinha como destino o Rio de Janeiro.
Na parte política, o clube também sempre apoiou a abolição da escravidão. Raphael Aguiar, antes de fundar o Jockey, havia sido enviado, por seu pai, para estudar na Inglaterra. Por lá, diz o site do instituto, além de se tornar um entusiasta das corridas de cavalos, passou a se engajar pela libertação dos escravos.
Como aponta documento referente ao Projeto de Lei 0711/2005, para instituir o Tombamento da área de propriedade do Jockey Clube de São Paulo: “Atravessando todos os momentos históricos de nosso país, as repercussões da Abolição dos Escravos, Proclamação da República e as Revoluções de 24, 30 e 32, o Jockey Clube sofreu sucessivas suspensões de suas corridas, mas, mesmo assim, foi se firmando dentro da rotina e da história da cidade de São Paulo”.
Já em 1941, na inauguração do Hipódromo de Cidade Jardim, quando o mundo vivia o auge da Segunda Guerra Mundial, o site da instituição diz que o Jockey se posicionou firmemente para que Getúlio Vargas promovesse a entrada do exército brasileiro no conflito, para lutar ao lado das forças aliadas.
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