Lutou contra Hitler e foi capturada pela Gestapo: a emocionante saga de Sophie Scholl
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Nascida em 1921, na Alemanha, Sophie Scholl foi uma corajosa estudante que resistiu arduamente contra o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Filha do prefeito da cidade de Forchtenburg, a jovem e seus cinco irmãos foram criados a partir dos preceitos luteranos. Já na adolescência, ela viu o seu país ser assolado por Adolf Hitler.
O início do ativismo
De acordo com a BBC, inicialmente, a garota e o seu irmão mais velho, Hans Scholl, apoiaram o Partido Nacional Socialista. Assim como muitos outros jovens alemães, eles ingressaram no movimento da Juventude Hitlerista.
No entanto, seu pai era oposição a Hitler e um crítico ferrenho aos ideais nazistas. Com o tempo, Sophie Scholl passou a enxergar as barbárias cometidas por este regime e, a partir disso, se desvinculou do movimento Hitlerista.
"Não consigo entender como algumas pessoas continuamente arriscam a vida de outras. Nunca vou entender e acho que é terrível. Não me diga que é para a pátria", disse a jovem em uma carta ao seu namorado Fritz Hartnagel, conforme repercutiu a BBC.
Tempos depois, Scholl ingressou na Universidade de Munique, para estudar medicina e biologia. Além disso, era uma grande admiradora de arte, cultura e filosofia, assim como seus outros irmãos. No entanto, a corajosa alemã sabia que aqueles eram tempos difíceis que mereciam medidas mais drásticas.
A luta contra o nazismo
Hans Scholl e o amigo do rapaz, Alexander Schmorell, fundaram o grupo Weiße Rose (Rosa Branca, em tradução para o português). Mais tarde, Sophie e outros colegas decidiram se juntar ao movimento, assim como o seu professor Kurt Huber.
A partir disso, o grupo passou a produzir panfletos denunciando os horrores do Holocausto, incentivando a população a resistir e lutar contra o autoritarismo de Hitler.
No início de 1943, eles produziram seu sexto panfleto, mas não imaginavam que seria o último.
Capturada pela Gestapo
De acordo com a BBC, em fevereiro daquele ano, Sophie teria subido até o último andar da universidade e jogado os panfletos do alto. Acredita-se que a estudante queria atingir um número maior de pessoas para a causa.
No entanto, o plano tomou outras proporções e o grupo foi denunciado para a Gestapo. Em seguida, a jovem e seu irmão foram interrogados pela polícia secreta nazista. Poucos meses depois, todos os integrantes do Weiße Rose foram brutalmente assassinados.
Segundo a BBC, na manhã que a ativista foi executada, ela teria dito: "Um dia tão lindo e ensolarado, e eu tenho que ir... O que importa a minha morte, se através de nós, milhares de pessoas são despertadas e movidas para a ação?".
Atualmente, a história de Sophie é amplamente lembrada na Alemanha, sendo retratada em diversos livros e filmes. Desta forma, a jovem que foi assassinada aos 21, tornou-se símbolo de luta no país.