Mães argentinas poderão completar tempo para aposentadoria com maternidade
Aventuras Na História
Uma nova lei na Argentina instituiu que mães argentinas acima dos 60 anos poderão contar com os anos que dedicaram à maternidade para completar o tempo total de contribuições necessárias para a aposentadoria no país, concedida a partir do sistema social de previdência.
Como informou o portal F5, os anos dependerão da quantidade de filhos, se eles são adotados e se são pessoas com deficiência. Cada nascimento dá um ano de contribuição e, se a criança for adotada, a quantidade de anos dobra. A regra também muda se o filho for uma pessoa com deficiência, o que aumenta em mais um ano.
O período de licença-maternidade também entrará para a conta do tempo total de contribuição, assim como o recebimento do abono universal, que funciona como o nosso Bolsa Família. O uso do recurso contará com mais dois anos para a aposentadoria.
Aponta-se que ao menos 155 mil mulheres entre 60 e 64 anos sejam favorecidas pela nova lei, que poderá beneficiar principalmente mulheres de baixa renda que dedicaram grande parte de suas vidas ao cuidado de seus filhos.
O governo Argentino estabeleceu a nova medida como intuito reconhecer as contribuições, especialmente de mulheres, relacionadas às tarefas de cuidado. Segundo o site da Anses, o decreto “repara uma desigualdade histórica e estrutural na distribuição das tarefas de cuidado” ao “reconhecer o tempo que mulheres destinam à criação de filhos”.
A lei foi determinada no último dia 17 e suas consequências poderão ser vistas a partir do dia 1º de agosto. Atualmente, as mulheres argentinas precisam de 30 anos de contribuição para conseguirem garantir a aposentadoria.