'Miss Hitler': o caso da mulher que é investigada de integrar grupo neonazista na Itália
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Entre 1934 e 1945, Adolf Hitler esteve sob o comando da Alemanha. O líder nazista foi responsável pela morte de cerca de 6 milhões de judeus. No entanto, mesmo sem escrúpulos, o ditador alemão possuía admiradores, que seguiam seus ideais antissemitas e genocidas.
Diante dessas atrocidades é quase impossível acreditar que uma pessoa que promoveu tanto discurso de ódio e foi o responsável por ceifar milhares de vidas tenha admiradores — ainda mais em pleno século 21.
O grupo neonazista
De acordo com a agência de notícias ANSA, um grupo neonazista vem sendo investigado na Itália, desde 2019, após suspeitas da organização promover propagandas de cunho racista e de conspiração. Além disso, segundo as autoridades eles estariam incentivando a violência contra judeus e imigrantes.
O grupo denominado Ordine Ario Romano (Ordem Ariana Romana, em tradução livre) é procurado pelas autoridades italianas por incitar a violência étnica e religiosa. Conforme o Ministério Público da Itália, a organização criminosa agia principalmente no Facebook e na rede social russa VK.
Além disso, a polícia acredita que o grupo estivesse planejando um atentado contra uma das sedes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Os membros da organização criminosa podem responder por formação de quadrilha e incitação à violência étnica e religiosa.
A "Miss Hitler"
Dentre os 12 alvos da investigação, está uma mulher, que segundo a agência teria sido a vencedora de um concurso de "Miss Hitler", organizado na rede social russa VK, em 2019.
De acordo com o site Terra, a mulher é investigada, ainda, por ter entrado em contato com o movimento de extrema-direita português, chamado Nova Ordem Social, cujas atividades estão proibidas desde 2019.
Assim como os demais suspeitos, a "Miss Hitler" deverá responder por formação de quadrilha, incitação à violência étnica e religiosa e, por promover propagandas de conteúdo racista e antissemita.
As investigações
Conforme o site Terra, a Ordem Ariana Romana possuía um grupo de WhatsApp, chamado "Liga Livre de Judeus", onde disseminavam discursos de ódio e neonazistas.
Segundo as investigações, os integrantes do grupo estão espalhados por diversas regiões da Itália, entre elas Lázio, Sardenha, Calábria e Lombardia.
A polícia identificou que os 12 alvos das investigações mantinham contato com o historiador e professor Marco Gervasoni, que já foi acusado de ameaçar o presidente da República, Sergio Mattarella.
Apesar das acusações, nenhum dos integrantes neonazistas foram presos ainda. Conforme informações da polícia, divulgadas pelo History, por enquanto, eles deverão se apresentar regularmente à Justiça italiana.