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Moda e bons costumes na areia: A história dos trajes de banho
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Moda e bons costumes na areia: A história dos trajes de banho

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Aventuras Na História
29/08/2021 11h00
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Na Antiguidade, os banhos comunais faziam parte integral do cotidiano da sociedade grega. E, embora os frequentadores despissem suas roupas, trajes semelhantes aos biquínis modernos foram registrados em torno de 350 a.C. O hábito foi adotado pelos romanos, mas com a queda do império e a ascensão do cristianismo, a atividade recreativa caiu no esquecimento e só voltou a ser mencionada novamente em 1687.

1. 1795

Para evitar a exposição, cabines ficavam nas praias. Com rodinhas, eram empurradas até a beira do mar. Os tecidos eram pesados para evitar transparências. As mulheres costuravam pesos nas bainhas dos vestidos, para impedir que a água os levantasse. Chapéus, lenços, meias e luvas eram acessórios comuns.


2. 1855

Os vestidos ficaram mais curtos. Até a altura dos joelhos, eram feitos em lã ou flanela, com mangas bufantes. Costumavam ser pretos e usados sobrepostos a calçolas decoradas com laços e fitas. Meias longas e sapatilhas específicas compunham o conjunto. A regra era que nenhuma parte do corpo fosse exposta.


3. 1890

Uma inovação foi o corte “princesa”, espécie de macacão com blusa de mangas curtas e bermudas longas. O traje permitia às mulheres nadar com maior naturalidade, mas deixava o corpo mais à mostra. Para contornar o problema, saias removíveis podiam ser amarradas em torno da cintura, como um avental.


4. 1907

Fotografias de Annette Kellerman em 1900 (à esq.) e com seu maiô de tricô (à dir.) / Crédito: Domínio Público

 

A nadadora australiana Annette Kellerman desenvolveu uma nova peça. O traje de tricô, justo e deixando os braços e pernas livres, provocou tanto furor que ela foi presa em uma viagem aos Estados Unidos, por “exposição indecente”. Liberada, lançou uma nova moda. Em 1918, o avental já estava em desuso.


5. 1920

Com o fim da Primeira Guerra, as atividades recreativas se intensificaram e a evolução dos trajes de banho também. A Speedo lançou a primeira roupa que não era feita de lã e se parecia com um maiô tal como conhecido atualmente.


6. 1946

A dançarina Micheline Bernardini de biquíni em 1946 / Crédito: Divulgação/Youtube/Institut national de l'audiovisuel

 

O francês Louis Réard criou o biquíni. A peça recebeu o nome por causa do atol de Bikini, no Oceano Pacífico, onde eram realizadas explosões atômicas experimentais. Inicialmente usado apenas por vedetes, o traje logo foi adotado pelas banhistas.


7. 1959

A empresa Du Pont desenvolve a Lycra, ou elastano, e as roupas de banho grossas são substituídas pelo novo tecido de secagem rápida. A maleabilidade e a resistência da fibra sintética permitiram diminuir o tamanho das peças, que se amoldam ao corpo.


8. 1964

O designer austríaco Rudi Gernreich dispensou a parte de cima dos trajes de banho, criando o monoquíni. Concebido como um ato de protesto político, o modelito acabou por contribuir para a popularização do topless.


9. 1974

A tanga é inventada no Rio de Janeiro. Considerada a maior revolução desde o biquíni, foi criada por David Azulay. Seis anos depois, o Brasil lançou o asa-delta, um modelo bem cavado. Na década de 80, foi a vez do fio dental. Mais corpo, menos roupa.

Infográfico sobre as roupas de banho através dos anos / Crédito: Aventuras na História

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