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O britânico que passou por 18 cirurgias para se parecer com membro do BTS: 'Finalmente sou coreano'
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O britânico que passou por 18 cirurgias para se parecer com membro do BTS: 'Finalmente sou coreano'

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Aventuras Na História
03/07/2021 11h00
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No dia 13 do último mês, o grupo sul-coreano BTS completou oito anos de trajetória. Experimentando ritmos, gerando tendências e transformando a música pop no mundo todo, o septeto aumentou ainda mais a sua influência em 2020.

O ano foi marcado por Dynamite, uma canção gravada pela primeira vez com letra totalmente em inglês e que conquistou o topo da parada Hot 100 da Billboard dos Estados Unidos. Ela foi a primeira música de K-pop a estrear no #1, feito que foi seguido por Life Goes On, single lançado pelo grupo poucos meses depois.

É claro que a história do grupo é mais antiga que Dynamite e Butter, música mais recente divulgada pelo BTS que está quebrando recordes como nunca. Mas entrar no cenário musical do Ocidente mostra-se como um desafio para qualquer um que não está inserido no mundo das músicas em inglês. Ainda assim, eles estão tirando isso de letra.

A influência do BTS não está somente na música, no entanto, assim como grandes atos culturais ao redor do mundo. A partir do consumo da música coreana, muitos passam a se interessar pela cultura e língua do país. Mas existem pessoas que foram longe demais.

Na última terça-feira, um influencer britânico foi parar nas manchetes de jornais do mundo todo por algo bastante peculiar. Como repercutido por muitos portais, inclusive pelo G1, Oli London passou por 18 cirurgias para que pudesse ficar parecido com um dos sete membros do famoso grupo.

Obsessão

 

Faz pelo menos oito anos que o britânico Oli London se submete a procedimentos estéticos com o objetivo de tornar seu rosto “parecido” com o de uma pessoa coreana. No caso dele, mais especificamente com Park Jimin, famoso por dar voz e movimento às músicas do BTS.

O influenciador já passou por cirurgias para transformar seus olhos e, inclusive, para alongar sua testa. O site americano TMZ revelou que para essas 18 operações, London teve que desembolsar pelo menos US$ 150 mil, o que dá cerca de R$ 755 mil, pela cotação atual do dólar.

Além de tentar conseguir traços de uma etnia que não é a sua, o britânico também afirmou que estava preso “a um corpo errado” há oito anos, o que mudou a partir dos procedimentos cirúrgicos que possibilitaram que ele se “tornasse” coreano.

 

Em um vídeo postado em seu perfil no Instagram, onde tem quase 400 mil seguidores, London afirmou: "Eu sei que isso é um pouco confuso. Ninguém nunca se transformou em Jimin ou em coreano, mas isso é algo que vocês sabem. Eu realmente tenho lutado com problemas de identidade sobre quem eu sou". 

Oli ressaltou que poderá ser ele mesmo: "eu finalmente sou coreano", ainda segundo a publicação na rede social. Ele usou o termo “transracial” para designar sua situação e desejo de transformação e mudou seu nome para Jimin

Racismo

Embora cirurgias para se parecer com algum famoso tenham sido feitas frequentemente ao longo dos anos, o caso de London possui camadas mais profundas que isso. É o que internautas vêm falando nas redes sociais, levando em consideração o fato de o britânico tentar se transformar em uma pessoa de etnia diferente. 

Ao transformar “ser coreano” apenas em traços físicos que podem ser obtidos por meio de cirurgias, o britânico reduziu as experiências vividas por essas pessoas e apagou uma ancestralidade. 

Confira alguns Tweets sobre o tema. 

Veja no Twitter
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graças a esse racista, tem um monte de transfóbicos agora usando o termo “transracial” para comparar e desmerecer a vida de pessoas transgêneros.

a uma imensa diferença de abraçar a sua identidade de gênero x de se apropriar da raça/etnia de uma população.

não é a mesma coisa. https://t.co/saGroKuTuD

Veja no Twitter
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É ofensivo em tantos níveis a pessoa branca que faz cirurgia pra parecer asiático e chama isso de transracial, se chama de coreano..

Como se ser racializado fosse só um apetrecho do seu rosto. Cono se gente branca pudesse ser a gente se quisesse. E ainda faz pouco do termo trans https://t.co/zHHgDuzTYC


Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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