O rico âmbar que preservou o nascimento de filhotes de caracol há 99 milhões de anos
Aventuras Na História
Uma equipe de pesquisadores alemães e chineses recentemente encontrou algo extremamente fascinante e raro: um âmbar que preservou uma mãe caracol e seus cinco filhotes no momento do nascimento, ocorrido há 99 milhões de anos.
Graças à resina presente em uma árvore e, considerando à falta de sorte da progenitora, o exato momento em que pequenos moluscos ganhavam a vida durante o período Cretáceo foi preservado pela natureza, possibilitando que nós, seres humanos, o contemplássemos, mesmo tendo surgido muito tempo depois.
A descoberta, de acordo com a revista Galileu, se deu em Mianmar, país do sudeste da Ásia, e foi publicada em um artigo na edição de setembro de 2021 do periódico Gondwana Research.
Uma incrível descoberta
Conforme explicou em comunicado a cientista Adrienne Jochum, do Instituto de Pesquisa Senckenberg, na Alemanha, os cientistas descobriram "o corpo e a concha de uma fêmea de caracol terrestre excepcionalmente bem preservada logo após o nascimento de sua prole, que também está no âmbar.”
Para analisar as estruturas dentro da resina, a equipe utilizou, segundo Jochum, fotografias de alta resolução, além de imagens de tomografia realizadas a partir de um microcomputador. .
'Bebês' aprisionados
A especialista do Instituto Seckenberg, quem também faz parte dos museus de história natural de Frankfurt e Berna, afirmou que os filhotes teriam sido “aprisionados” no líquido assim que nasceram.
Segundo ela, a mãe teria tentado salvá-los da resina da árvore quando percebeu que corriam risco. Contudo, já era tarde demais.
"A mãe caracol deve ter notado seu destino iminente e está esticando seus tentáculos em uma postura de 'alerta vermelho'”, analisou a profissional.
Parto incomum
Jochum ainda destaca que o tipo de parto registrado no âmbar é raro em caracóis terrestres. De acordo com a equipe de pesquisadores, essa teria sido uma estratégia de sobrevivência da espécie.
“Presumimos que os filhotes dessa espécie — comparados aos caracóis que põem ovos — eram menores e nasciam em menor quantidade para aumentar sua chance de sobrevivência”, disse a cientista.
“Com base na descoberta, não podemos apenas fazer afirmações sobre a morfologia e paleoecologia dos animais, mas agora também sabemos que existiram caracóis vivíparos no período Cretáceo," finalizou.
Confira o estudo completo aqui.
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