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Paixões intensas: Os casos extraconjugais de Dom Pedro II revelados em cartas de amor
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Paixões intensas: Os casos extraconjugais de Dom Pedro II revelados em cartas de amor

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Aventuras Na História
14/08/2021 13h02
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Na última segunda-feira, 9, estreou na Rede Globo a tão esperada novela ‘Nos tempos do imperador', que é ambientada durante o Segundo Reinado. Com autoria de Alessandro Marson e Thereza Falcão, a trama foi bem recebida pelo público, conquistando o melhor  Ibope às 18h desde março.

A continuação da saga de ‘Novo Mundo’, novela lançada em 2017, apresenta a vida íntima de Dom Pedro II e de seus familiares. Além disso, aborda o contexto histórico e social do Brasil Império. 

A nova produção da Rede Globo marca o retorno de Selton Mello às novelas, no papel principal de Dom Pedro II.Leticia Sabatella, interpreta a esposa do imperador, a imperatriz Teresa Cristina. E para completar o triângulo amoroso na trama, Mariana Ximenes entra como a amante do monarca, a bela Condessa de Barral.

'Encontro de almas'

Na vida real, o último imperador do Brasil teve uma intensa ligação com a formidável Luisa Margarida de Barros, mais conhecida como a Condessa de Barral. Grande amiga de D. Francisca de Bragança, irmã de D. Pedro II, a jovem foi casada com o francês Conde de Barral.

Ela foi escolhida para atuar diretamente na educação das princesas Isabel e Leopoldina, as filhas de D. Pedro II e Teresa Cristina. É difícil descrever como foi, de fato, a relação entre os dois diante da falta de registros.

Luisa Margarida de Barros, mais conhecida como a Condessa de Barral / Crédito: Domínio Público, via Wikimedia Commons

 

De acordo com a historiadora Mary del Priore, autora da obra ‘Condessa Barral: A paixão do Imperador’, a encantadora mulher logo atraiu a atenção do filho de Dom Pedro I.

"Aquela mulher tirou dele a timidez e os embaraços. Sua malícia era um convite. E ele, aceitou, confiando nela. Admirava-a e lhe concedeu todas as intimidades. E tecia-se o romance. A convivência era frequente e íntima. O elo que unia estas duas pessoas era muito forte. Não se tratava das 'necessidades primitiva', nome que se dava ao puro e simples desejo sexual, nesta época. E, sim, a mistura sublime e romântica de amizade, amor, entusiasmo pela beleza e o encontro de almas. Um sentimento construído num momento histórico especial: o século 19. Ele, era D. Pedro II, o imperador do Brasil. Ela, a Condessa de Barral", disse a especialista em seu livro. 

Amores de fato

Assim como seu pai, o monarca teve uma vida amorosa intensa, contudo, discreta.

Pintura de Dom Pedro II / Crédito: Delfim da Câmara, via Wikimedia Commons

 

De acordo com o biógrafo da família imperial, Paulo Rezzutti, autor da obra ‘D. Pedro II: O último imperador do Novo Mundo revelado por cartas e documentos inéditos’ — livro que compõem a saga ‘A História não contada’ — o imperador teve vários outros amores. 

Segundo a Veja, o livro apresenta cartas e documentos inéditos, que revelam que o filho de Dom Pedro I teve vários outros amores ao longo de sua vida, algo comum na época.

Conforme a obra, ele viveu um tórrido romance com a Condessa de La Tour, de origem francesa. Em uma carta de 31 de março de 1884, destinada à amada, ele afirmou estar apaixonado por ela.  

(…) acredite que eu a amo com paixão, (…) que deve estar certa de que nunca senti, por quem quer que seja, o que sinto por você”, disse Dom Pedro II, conforme reproduziu a Veja a partir do livro de Paulo Rezzutti. 

As correspondências trocadas entre o monarca e suas amantes chamam a atenção pela semelhança das declarações feitas por ele. Por exemplo, para a espanhola Ana Maria, a Condessa de Villeneuve, o último imperador do Brasil escreveu um mês depois que também estava completamente apaixonado por ela. 

Quantas loucuras fizemos sobre a cama grande com os dois travesseiros. Amo-te cada vez mais, e não posso expressar suficientemente o que sinto por ti”.

Dom Pedro II tinha o costume, ainda, de pedir nas cartas fotos e fios de cabelo das amadas. Tal fato mostrou além do que se aprende sobre ele nas escolas, revelando, portanto, o lado íntimo e não contado do Magnânimo.


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