Presidente da Comissão de Direitos Humanos condena celebrações da morte de Lázaro Barbosa
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Após 20 dias de buscas intensas, Lázaro Barbosa foi capturado e morto pela polícia nesta semana. A morte do suspeito de cometer uma chacina do Distrito Federal foi bastante comemorada, tanto pela população quanto pelos próprios agentes.
Nesta quarta-feira, 30, Roberto Serra da Silva Maia, presidente da Comissão de Direitos Humanos da seção goiana da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), comentou sobre a reação pública quando o óbito do foragido foi anunciado, conforme repercutiu o portal UOL.
“Independentemente da pessoa [que morreu]. Poderia ser a pessoa encarnada na forma de demônio. Mas a gente não pode celebrar uma morte. Porque, quando você celebra uma morte, você banaliza o ser humano completamente”, disse Maia.
“Isso meu causou uma perplexidade, porque elas foram compartilhadas como uma celebração da morte de uma pessoa”, acrescentou. O presidente da OAB-GO ainda complementou dizendo que o inquérito aberto para investigar a morte de Barbosa será de grande importância.
“Todo aquele que causa a morte de alguém deve responder por esse ato. Se a pessoa agiu em legítima defesa, se estava no estrito cumprimento do dever legal, não importa”, disse.
A prisão e a morte de Lázaro
Logo nas primeiras horas desta segunda-feira, 28, o governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado, revelou que Lázaro Barbosa, procurado há mais de 20 dias, havia sido preso. Poucos momentos depois, contudo, informações do G1 confirmaram que o suspeito foi morto em Águas Lindas de Goiás, aos 32 anos.
Durante o período das buscas pelo suspeito, realizadas por mais de 270 agentes da região, Lázaro invadiu ao menos 11 fazendas, baleou moradores, dois agentes da Polícia Militar e um oficial da Força Aérea Brasileira (FAB), além de ter feito uma família de refém durante cerca de duas horas.
Agora, após ser detido pelos oficias da região, Lázaro Barbosa foi baleado e, segundo o G1, faleceu durante a abordagem. As polícias responsáveis pelas buscas ainda não divulgaram mais informações sobre a morte do suspeito.
Lázaro Barbosa era procurado pelas autoridades de Goiás e do Distrito Federal há 20 dias, suspeito de matar a família de quatro pessoas em Ceilândia. Desde o ocorrido, a polícia realizava buscas na região de Goiás, local onde o sujeito estava escondido, como apontaram investigações. Segundo revelado pelas autoridades, o homem se escondia em áreas rurais, armado, ele invadia fazendas e fazia moradores como reféns.