Primeiro-ministro do Canadá critica vandalismos espalhados pelo país
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Nas últimas semanas, o Canadá foi abalado pela descoberta de centenas de túmulos não identificados em antigos internatos indígenas. Em resposta, protestos se espalharam pelo país e, na última sexta-feira, 02, o primeiro-ministro Justin Trudeau condenou as ondas de vandalismo promovidas pelos manifestantes.
Segundo o jornal The Guardian, um grupo de pessoas derrubou estátuas das rainhas Vitória e Elizabeth II, ambas na cidade de Winnipeg. No lugar da homenagem à primeira monarca, que marcou a história do Reino Unido com a Era Vitoriana, os manifestantes deixaram uma placa com os dizeres: "Já fomos crianças. Traga-os para casa".
Em recente coletiva de imprensa, contudo, o primeiro-ministro afirmou que "é inaceitável e errado que vejamos atos de vandalismo e incêndios provocados em todo o país, inclusive contra igrejas católicas". Ainda assim, Trudeau afirmou que entende "a raiva que existe contra o governo federal, contra instituições como a Igreja Católica".
Pensando na frustração dos manifestantes, todavia, o político afirmou que os atos são "totalmente compreensíveis dada a vergonhosa história", mas pontuou que os canadenses não devem cair na tentação do vandalismo, segundo o UOL.
Manifestações
Na última quinta-feira, 01, o Dia Nacional do Canadá foi marcado pelos protestos, enquanto diversas cidades do país cancelaram as comemorações do feriado. No total, dez igrejas de Calgary foram vandalizadas pelos manifestantes.
Assim como o primeiro-ministro canadense, o governo britânico também respondeu aos claros ataques contra a influência da monarquia inglesa na colonização. Em nota oficial, representantes da Rainha Elizabeth II condenaram o vandalismo, mas também lamentaram as recentes descobertas feitas nos internatos do país.
"Nossos pensamentos estão com a comunidade indígena do Canadá depois destes trágicos descobrimentos (de túmulos), acompanhamos estes temas de perto e continuamos comprometidos com o governo do Canadá em assuntos indígenas", declarou a nota emitida pelo governo inglês.