Príncipe Charles diz desconhecer transações que envolvem polêmica na realeza
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Diante das acusações envolvendo seu nome, o então assessor do príncipe Charles, Michael Fawcett, renunciou ao seu cargo de executivo-chefe da Prince’s Foundation no último sábado, 4. Agora, um porta-voz da Clarence House, residência oficial do herdeiro britânico, afirmou que o príncipe “não tem conhecimento das transações” do assessor.
Acontece que, segundo o jornal The Times, Fawcett teria garantido a maior condecoração britânica ao magnata saudita Mahfouz Marei Mubarak bin Mahfouz, em troca de doações milionárias aos projetos de interesse da Prince’s Foundation, entidade criada por Charles.
Quando questionado sobre o caso na última segunda-feira, 6, contudo, o ex-assessor do herdeiro do trono britânico permaneceu em silêncio. O problema é que, de acordo com a mídia britânica, o empresário saudita realmente foi condecorado em meados de 2016.
Ao contrário do que representantes de Charles afirmaram, todavia, o Times afirma que o príncipe sabia “100%” sobre o acordo. Em entrevista ao jornal, um corretor, descrito como um “conselheiro remunerado de Mahfouz", afirmou que o primogênito da Rainha Elizabeth II teria se encontrado com o empresário saudita em 2014 e 2015.
Frente ao escândalo, a Prince’s Foundation, entidade que administra as ações beneficentes de Charles, iniciou uma investigação interna para avaliar o caso. Em comunicado, a organização afirmou que “o Príncipe de Gales não tem nenhum conhecimento da oferta de honras ou de cidadania britânica feita com base em doação para suas instituições de caridade e apoia totalmente a investigação em andamento”.
Para Graham Smith, executivo-chefe do grupo anti-monarquista Republic, entretanto, “é difícil acreditar que Charles não estava ciente desses arranjos ou promessas [de seu assessor]”. Por isso, inclusive, ele decidiu denunciar não apenas Michael Fawcett, como o próprio príncipe Charles à Scotland Yard, por suposta violação da Lei de Honras.