Quais 'sobrenomes' Harry e William usaram ao entrar no exército?
Aventuras Na História
Marcados na história do Brasil Império, os sobrenomes dos membros da Família Imperial são bastante impressionantes. Dom Pedro I, por exemplo, tinha um título composto por 16 nomes, todos em homenagem aos seus parentes ou a outros personagens europeus.
Ao contrário do grande Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim, contudo, os herdeiros da Família Real britânica não têm nomes tão longos quanto podemos imaginar.
Até o ano de 1917, por exemplo, os membros da realeza não tinham sobrenomes e só recebiam o tratamento “da Casa de Saxe-Coburg-Gotha”, em referência à casa real da família. O contexto só mudou com uma decisão do avô da Rainha Elizabeth II.
Questão política
Antes de possuírem qualquer sobrenome específico, os herdeiros do trono britânico viram-se no meio da Primeira Guerra Mundial. O intenso conflito fez com que o então Rei George V abrisse mão do título “da Casa de Saxe-Coburg-Gotha”.
Segundo informações do site oficial da própria Família Real, o nome — que tinha uma origem alemã — foi alterado enquanto o Reino Unido lutava contra a Alemanha no conflito mundial. Estratégico, George V decidiu que seu sobrenome passaria a ser Windsor, fazendo referência ao castelo da família no Reino Unido.
Muito mais britânico do que o anterior, o novo título seguiria intacto até o reinado da Rainha Elizabeth II, que assumiu o trono em fevereiro de 1952. Naquela época, a monarca optou por alterar a decisão do avô mais uma vez.
Novos ares
Já casada com o Príncipe Philip, Elizabeth II fez questão de adicionar o sobrenome do marido, Mountbatten, aos títulos da monarquia, em 1960. Assim, todos os seus herdeiros passariam a chamar Mountbatten-Windsor nas certidões de nascimento.
Para aqueles com o título de “Sua Alteza Real Príncipe (ou Princesa)”, contudo, o sobrenome nunca foi obrigatório, conforme explicou o Estadão. Por isso, inclusive, alguns herdeiros da monarca não fazem questão de usar o títuço em ocasiões oficiais.
Em diversos momentos, então, os membros da realeza usam suas propriedades e territórios para definir seus sobrenomes. É o caso de William, o Duque de Cambridge, ou de seu pai, o Príncipe Charles, que muitas vezes é chamado de Príncipe de Gales.
No serviço militar
Quando entraram no exército britânico, no entanto, os príncipes William e Harry, netos da Rainha Elizabeth II, fizeram questão de escolher um sobrenome para representar a nação. O título escolhido, de acordo com o Estadão, foi 'Wales'.
Ao integrar a Real Academia Militar de Sandhurst, em 08 de maio de 2005, por exemplo, o Príncipe Harry passou a ser conhecido como cadete Wales. Um ano mais tarde, foi a vez de William entrar na mesma academia com o sobrenome escolhido.
Em inglês, ainda segundo o Estadão, o sobrenome selecionado pelos irmãos faz referência ao título do pai dos herdeiros, o Príncipe de Gales (que é a tradução de Wales). O nome, contudo, deixou de ser usado pelos dois herdeiros ao final do serviço militar.
Novas gerações
Atualmente, William responde apenas como Duque de Cambridge, enquanto seu primeiro filho foi matriculado na escola da mesma forma, como George Cambridge. O outro herdeiro do príncipe, por sua vez, foi chamado de ‘Sua Alteza Real Príncipe Louis Arthur Charles de Cambridge’, sem o sobrenome oficial da Rainha Elizabeth II.
Esse já não foi o caso do primeiro filho de Harry, que foi registrado como Archie Mountbatten-Windsor, em meados de 2019. O título do pequeno, inclusive, serviu de indício para as teorias de que, após abdicar de seu posto na Família Real, o Príncipe Harry passará a adotar o sobrenome oficial da avó.
Vale lembrar, contudo, que o nome pelo qual chamamos o Príncipe Harry não é o mesmo que ele recebeu no dia de seu nascimento. Em sua certidão, o herdeiro do trono do Reino Unido chama-se Henry Charles Albert David, sendo que Harry é apenas um apelido carinhoso, usado tanto pela mídia, quanto pelos estudiosos da monarquia.
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