Secretaria do Maranhão revoga decisão de afastar policias envolvidos na morte de Hamilton César Lima Bandeira
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Na última sexta-feira, 18, policiais civis mataram Hamilton César Lima Bandeira, de 23 anos, após o jovem ter sido denunciado por fazer publicações em suas redes sociais a favor do foragido Lázaro Barbosa. Agora, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão revogou a decisão de afastar os oficiais envolvidos no caso.
Segundo o portal UOL, a secretaria havia anunciado no dia 21 que os três policiais responsáveis pela morte de Bandeira seriam retirados de suas funções. Porém, na quarta-feira, 23, Jefferson Portela, secretário de Segurança Pública, disse à TV Mirante que a decisão fora alterada por falta de elementos para continuar as investigações.
"Não há elemento para dizer isso. O assassinato, tecnicamente, isso não está demonstrado. Isso será demonstrado dentro do inquérito policial, se houve ou não. Se houve, eles responderão dentro das normas legais. Se não houve, terão os permissíveis da lei para o ato que praticaram. Isto é definido dentro do inquérito policial, não há um juízo que mostre antecipadamente que eles cometeram crimes e que sejam afastados das suas atividades", afirmou o secretário.
Segundo a família de Hamilton César, ele sofria com transtornos mentais desde criança. Assim, a vítima não teria total compreendimento de suas postagens, que desejavam ‘boa sorte’ ao suspeito de uma chacina no Distrito Federal e que é procurado desde o dia 9 de junho.
A operação que resultou na morte de Bandeira em sua própria casa buscava provar que o jovem teria cometido ‘apologia ao crime', algo proibido por lei. Ainda que ele tenha sido socorrido, seu óbito foi inevitável.
Os policiais, que tiveram suas identidades preservadas, afirmaram que Hamilton tentou atacá-los com uma faca, embora a família negue a versão e nenhuma arma branca tenha sido apresentada na delegacia.