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Telas verdes e máquinas voadoras: Como 'Alien' previu o futuro
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Telas verdes e máquinas voadoras: Como 'Alien' previu o futuro

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Aventuras Na História
27/06/2021 14h00
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Quem assistiu 'Alien' em 1979 pegou um filme muito diferente do que é visto hoje. Quando surgiu, era só uma obra de terror sobre um monstro do espaço. Ao tornar-se franquia e passar das mãos de Ridley Scott para James Cameron, nos anos 1980, tudo seria explicado e o mundo de 'Alien' seria mesclado ao de outra série, 'Predador'.

Vamos falar só do primeiro filme, não desse universo expandido. Já no começo, surge uma ou outra coisa difícil de engolir (nenhuma referência ao facehugger). Como em virtualmente qualquer obra dos anos 1970 e 1980, ninguém conseguiu imaginar que a resolução dos computadores evoluiria.

Androides circulam por entre as pessoas sem conseguirem ser distinguidos, mas os computadores só mostram texto e linhas monocromáticas. O sistema de autodestruição é cem por cento analógico. Falando em androide, aliás, esse é um dos pontos altos. Em 2014, num experimento da Universidade de Reading (Reino Unido), o chatbot Eugene Goostman passou no Teste de Turing, feito para identificar uma inteligência artificial.

Eugene foi capaz de convencer as pessoas de que era um ser humano — como o traidor Ash, programado para resgatar o alien mesmo que ao custo da vida de toda a tripulação. E isso também é outra previsão tetricamente correta: talvez tenhamos que programar as máquinas para nos matar. A discussão surgiu da criação de carros autônomos, como o Waymo (antes chamado Google Self-Driving Car, “carro autodirigido do Google”).

Cena do filme 'Alien' / Crédito: Divulgação/ Youtube/ Movieclips

 

Deveriam esses veículos matar o ocupante se isso representa salvar mais vidas? Por exemplo, jogando-se contra o poste para evitar que entre num ponto de ônibus? Por enquanto, os carrinhos mal conseguem evitar um acidente, quanto mais tomar uma decisão moral — mas, em breve, esse tipo de coisa terá que entrar em seus programas e, provavelmente, na lei.

Por fim, duas outras que foram em cheio: a primeira, o espaço sendo explorado pela iniciativa privada — no caso, por uma corporação maligna, bem ao gosto do então nascente estilo cyberpunk. Não é exatamentre original: todo mundo achava que estaríamos no mínimo em Marte agora.

Mas o fato é que o futuro da exploração espacial parece, cada dia mais, pertencer às empresas. Outra, a inconveniência da viagem espacial: elas levam anos — e nenhum avanço indica que será diferente disso, porque a velocidade da luz não pode ser superada, e a viagem até uma estrela a dez anos-luz só pode levar mais de dez anos. Isso força os passageiros a entrar em câmaras de suspensão — e a suspensão por hipotermia é uma forma emergente de tratamento médico.


Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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