Uefa gera polêmicas ao vetar símbolo LGBT em partida da Eurocopa
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Na próxima quarta-feira, 23, um jogo entre Alemanha e Hungria deveria receber uma iluminação especial, que serviria de homenagem ao movimento LGBT. Segundo o UOL, no entanto, a ideia foi vetada pela Uefa (União das Federações Europeias de Futebol).
Tudo começou quando autoridades da Alemanha pediram que as cores do arco-íris, presentes na bandeira LGBT, fizessem parte da iluminação do estádio na próxima partida da Eurocopa 2020. A ideia era protestar contra os muitos ataques ofensivos do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán contra a comunidade LGBT.
Na semana passada, por exemplo, o político aprovou uma lei que proíbe a disseminação de qualquer material que possa fazer referência à homossexualidade para menores de 18 anos em escolas e na publicidade do país. Tal decisão foi amplamente criticada por ativistas, além de denunciada pela União Europeia, segundo o UOL.
Acontece que, apesar dos questionamentos, o governo de Orbán, buscando apoio para a reeleição, ainda tomou controle de grande parte do futebol na Hungria. Aliados do primeiro-ministro, por exemplo, comandam dez dos doze times da primeira divisão, o que permitiu que Orbán impusesse valores ultraconservadores no futebol do país.
Com isso, o posicionamento da Uefa sobre a iluminação sugerida pela Alemanha apenas reforçou a influência que Orbán tem na instituição, segundo o UOL. Assim, o veto da organização foi amplamente criticado por governos europeus, como o da França, por jogadores, como o francês Antoine Griezmann, e por diversos movimentos LGBT.
No último domingo, 20, outro comportamento da Uefa foi bastante questionado por internautas. Segundo narrou o Twitter do time da Alemanha, a organização tentou barrar a braçadeira usada por Manuel Neuer, o goleiro da equipe. Na ocasião, o jogador usava um acessório com as cores da bandeira LGBT (confira abaixo).
Em resposta aos questionamentos do próprio time alemão, a Uefa emitiu uma carta, afirmando que a atitude do goleiro foi revisada por suas autoridades. No texto, a organização afirmava, segundo o time da Alemanha, que a braçadeira "foi avaliada como um símbolo de equipe pela diversidade e, portanto, por uma 'boa causa'".