Uma viagem no tempo: 38 anos atrás, surgiram os primeiros smartwatches
Aventuras Na História
Duas coisas estavam em alta em 1983: computadores pessoais e a economia japonesa. Os primeiros estavam em sua infância, com telas monocromáticas, controladas exclusivamente por interface de texto, e conectando-se uns aos outros através de disquetes. Já o boom do Japão é responsável por alguém se disponibilizar a pagar U$ 300 (U$ 720 hoje em dia) pelo que era pouco mais que uma calculadora com bloco de notas.
Foi nesse contexto que, entre 1983 e 1985, a fabricante de relógios Seiko lançou uma série de “relógios computador” para executivos e aficionados da tecnologia, unindo os dois mundos. Modelos como o Data-2000 funcionavam com um enorme teclado externo, comprado à parte, que servia para fazer contas, agendar compromissos ou digitar textos: só dois deles, com até mil caracteres cada um (confira na foto acima).
Também era possível instalar aplicativos via ROM — placas pré-gravadas, que incluíam jogos e um dicionário japonês-inglês — mas essas partes só funcionavam com o teclado acoplado. O modelo RC-1000, de 1984, por sua vez, tinha até conectividade com os computadores por meio de um cabo, permitindo operá-lo pelo teclado comum.
Os relógios-computadores eram uma ideia — muito — à frente de seu tempo. O preço e a complexidade de uso os relegaram a curiosidades. Outras empresas tentaram, mas os smartwatches só começaram a (ameaçar) colar bem recentemente.