'Urre, leão, urre': A curiosa história do leão da Metro-Goldwyn-Mayer
Aventuras Na História
Ele atende pelo nome de Leo. Leo, o leão. Foi só um dos bichanos a aparecer na abertura dos filmes da Metro-Goldwyn-Mayer. Mas, de longe, é o mais longevo. Aparece cada vez que a MGM apresenta uma nova produção — é assim desde 1957.
O leão da Metro é um logotipo em movimento. E remonta aos primórdios do cinema. É tão antigo que nem mesmo a MGM existia na época de sua primeira aparição.
Ele surgiu na pele de Slats, um leão nascido no zoológico de Dublin, na Irlanda. A estreia foi em 1924, quando a Goldwyn Pictures era uma produtora independente. O criador do bicho foi Howard Dietz, chefe da publicidade do pequeno estúdio.
Ele buscava uma identidade para a produtora e foi encontrá-la nas equipes esportivas da escola onde estudou, a Universidade de Columbia, em Nova York. A torcida era conhecida como “leões” e o grito de guerra era algo como “urre, leão, urre”.
Quem desenvolveu o logotipo, no qual o leão aparece em meio à celuloide dos filmes e o dístico ars gratia artis (a arte pela arte) foi Lionel Reiss, então diretor de arte dos estúdios Paramount (o da montanha). Até hoje foram sete leões.
E a gênese do logotipo embute uma ironia: o rugido do leão não era ouvido pelos espectadores: na época, o cinema era mudo. Ele só assustou a plateia a partir de 1928 — a MGM gravou o ruído e sincronizou com a abertura dos filmes.