Cyberstalking: ex-gerente do eBay é condenado a 18 meses de prisão
Tecmundo
O ex-gerente de segurança do eBay, Philip Cooke, foi condenado a 18 meses de prisão por seu papel em uma intensa campanha de perseguição contra dois críticos da empresa. Nesta terça-feira (27), um juiz de Massachusetts emitiu a sentença depois que o réu se confessou culpado por conspirar para cometer perseguição cibernética.
Cooke, um ex-policial, admitiu ter participado de uma reunião de 2019 onde funcionários do eBay planejaram uma campanha de assédio no Twitter contra o Ina e David Steiner e sua publicação EcommerceBytes. Ele é o primeiro de sete ex-funcionários do eBay a ser condenado depois que o Departamento de Justiça revelou o esquema no ano passado.
Além de sua sentença de prisão, Cooke enfrentará três anos de liberdade supervisionada, 100 horas de trabalho comunitário e uma multa de US$ 15 mil, conforme solicitado por promotores federais. Outros quatro conspiradores também se confessaram culpados no ano passado, e os Steiners entraram com um processo civil contra o grupo.
Cibertalking de funcionários do eBay tem a primeira condenação nos EUA.
Os Steiners mantinham um boletim informativo online que cobria empresas de comércio eletrônico, inclusive o eBay. Membros do alto escalação da companhia acompanhavam as publicações e, muitas vezes, questionavam o seu conteúdo com comentários anônimos.
Em agosto de 2019, um grupo de funcionários resolveu ir além e iniciou uma campanha de assédio contra o casal. Entre as ações, teriam realizado entregas anônimas na casa das vítimas de um feto de porco, uma máscara de Halloween de porco ensanguentado e um livro sobre como sobreviver à perda de um cônjuge.
Os réus também foram acusados de enviar mensagens privadas no Twitter e tweets públicos criticando o conteúdo do boletim informativo, além de ameaçarem visitar as vítimas. A acusação afirma que os réus planejaram para que as mensagens se tornassem cada vez mais perturbadoras, culminando com a publicação do endereço residencial dos Steiners. O assédio também teria envolvido a vigilância das vítimas em suas casas e na comunidade.
Os réus são acusados também de tentar interferir na investigação policial. O grupo teria discutido a possibilidade de apresentar uma pista falsa para impedir que a polícia descobrisse evidências de vídeo que poderiam vincular algumas das entregas a funcionários do eBay.