Julian Assange: ativista tem cidadania equatoriana revogada
Tecmundo
Um tribunal no Equador revogou, na última segunda-feira (26), a cidadania do país do jornalista e ativista Julian Assange. Ele havia recebido o título em 2017 pelo ex-presidente equatoriano Lenín Moreno.
O fundador do WikiLeaks, uma organização que divulga informações confidenciais de governos, está preso no Reino Unido há dois anos. Antes disso, ele havia ficado quase sete anos protegido na Embaixada do Equador em Londres.
A relação de Assange com o governo sul-americano, que havia decidido dar asilo político a ele, vem se deteriorando há algum tempo. Em 2019, o então ministro das Relações Exteriores do Equador, José Valência, e a ministra do Interior, María Paula Romano, acusaram o ativista de mal comportamento no prédio da embaixada.
À época, eles disseram que Assange andou de scooter pelos corredores, ofendeu funcionários e até mesmo sujou as paredes com fezes. Além disso, os representantes do governo do Equador também falaram no período que o jornalista tinha feito "afirmações falsas" no pedido de naturalização.
Apesar de a Suécia ter abandonado investigações de crimes como abuso sexual, coerção e estupro que teriam sido cometidos por Assange, ele foi preso pela polícia do Reino Unido por violar suas condições de fiança.
No início deste ano, o governo britânico negou um pedido de extradição dos Estados Unidos, país onde ele enfrenta várias acusações, incluindo espionagem e conspiração.
De acordo com a polícia do Reino Unido, Assange está bastante debilitado física e psicologicamente. Em 2019, a entidade chegou a dizer que não era possível ter uma conversa "normal" com ele.
Sobre a revogação da cidadania equatoriana, o advogado do ativista, Carlos Poveda, disse à CNN que apelaria contra a decisão.