Resumão da Semana: Trump no Táxi do Gugu

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Há, no mundo, algumas coisas que me encantam. Em especial, falsários fazendo falcatruas e sósias que não se parecem.
Também gosto muito da teoria (minha mesmo) de que a gente não pode deixar o Seu Jorge sozinho nem por um segundo (ou com a Ana Carolina) que ele já sai fazendo merda. Mas acompanhado (sem ser da Ana mas, preferencialmente, do Bill Murray), ele vira gênio e faz as melhores músicas da MPB.
A prova é que, com Farofa Carioca, ele compôs uma das melhores frases de música de todos os tempos. Ou “o orelhão da minha rua estava escangalhado” perde para “devolva o neruda que você me tomou e nunca leu”?
De qualquer forma, deixe-me voltar à questão do meu amor a falcatruas e a sósias. Por conta disso, tive grande dificuldade em me concentrar em O Aprendiz, o filme sobre a desgraça da vida da desgraça do Trump.
Aliás – aqui vale um adendo – belíssimo filme. Pelo menos, foi o que concluí, depois que consegui, a muito custo, focar na parada. A atuação do menino de Succession é, talvez, a melhor que vi desde Edward Norton em A Outra História Americana (ou da do Sérgio Mallandro em Inspetor Faustão e o Mallandro. Ainda tenho dúvidas).
Incrível como a população americana conseguiu votar em um psicopata completo que pode acabar com o mundo. No Brasil, a gente fez isso com um imbecil, burro, maldoso, preguiçoso, golpista e safado, mas ele não me parece um psicopata (ah, esqueci de mencionar, também foi a criança mais deep web de sua geração).
Mas, pelo menos, aqui a gente é meio inofensivo e o máximo que o Bolsonaro conseguiu – em relação ao mundo, claro – foi fazer a gente passar vergonha (vou deixar de lado a questão dos mortos pela covid e outras questões nefastas internas para não me aborrecer).
Ainda pensando na vergonha mundial, é até pouco o que ele causou. Mesmo porque já estamos fazendo isso desde o tempo do comprometimento de Dunga e Felipe Mello e Robinho e Júlio César e Michel Bastos e Doni e Elano e Grafite e deu tempo de se acostumar.
Voltando ao O Aprendiz, o que me fez ter dificuldade em prestar atenção é que, por conta da maquiagem, o ator ficou muito parecido com o Gugu fantasiado de Luke Skywalker de motorista do Táxi do Gugu em Peruíbe. Depois que me acostumei com isso, já na fase mais avançada do filme, ele ficou só parecido com o Nelson Rubens e foi mais fácil me adaptar.
Enfim, O Aprendiz leva nota 4 de 5 por reunir sósias que não se parecem e história de falsários fazendo falcatrua, além de atuações tão boas desde Uma Aventura de Zico. Só não leva 5 de 5 porque houve as partes que não consegui me concentrar, aí seria leviandade minha dar nota máxima.
Por falar em falcatruas e falsários, esta semana ficou famosa uma menina que se passava por repórter da ESPN/Disney e assessora de marketing do Corinthians e eu fiquei encantado com a história. Parece que vai ser processada mas, se sou a Disney+, contrato para fazer um documentário estilo os da Netflix, com ela mesmo se entrevistando e respondendo e tudo mais. Ia ficar melhor que 98% dos filmes de boneco que eles fazem.
De qualquer forma, a história da Luana (que não é a Piovani, como ela mesmo diz), me lembrou do meu falsário favorito que tem um nome tão comum que sempre esqueço.
Mas é o camarada que se passou pelo filho do dono da Gol, foi entrevistado para o Amaury Junior, deu carona em helicóptero alheio para o Cigano Igor e, preso, se passou por chefe do PCC e liderou um motim (e a posterior rendição e acordo com as autoridades) em alguma cadeia do interior de São Paulo.
Fugiu do xilindró nove vezes (até onde contei). E, uma vez solto dentro da lei, para provar que estava recuperado dos dias de falcatruas, já saiu passando cheque sem fundo. Acabou virando filme com o Wagner Moura. Que vidas do – tive que pesquisar – Marcelo Nascimento da Rocha.
Bom, toda essa embromação marota foi mesmo para disfarçar que, em semana pós carnaval, o 33Giga foi atualizado na força da covid que atacou a redação. Então, não tivemos nada de muito curioso, a não ser essas porcarias abaixo.
Em Os piores ganhadores do Oscar de todos os tempos, a Bianca meteu na home a foto do Forrest Gump, mas é duvidoso e meio caça-clique. Mesmo porque o pior de todos foi Crash (tão ruim quanto Batman x Superman, que não ganhou nada). E Uma Mente Brilhante não é tão ruim.
Na verdade, o maior defeito de Forrest Gump foi ter batido Quatro Casamentos e um Funeral em 95. No mesmo ano, concorriam Pulp Fiction e Um Sonho de Liberdade. Tudo bom, mas não dá nem para o cheiro de qualquer coisa com o Hugh Grant
Tem também uma parada que junta todos os comunicadores – como Zap Zap, Slack, Messenger – em um só e até vale o download, embora dê pregujiça (aliás, a preguiça é tanta que nem vou corrigir o preguiça – pregujiça – escrito erroneamente anteriormente).
Essa é bem legal: Site apresenta a mesma notícia em vários níveis de inglês. Essa, bem triste: Brasil: uma a cada quatro pessoas não sabe usar ferramentas digitais. Mas, como diria meu avô, de doce/amargo basta a vida. (Ele alterava a frase entre o doce e o amargo de acordo com querer, ou não, mais açúcar no café).
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