Bruno de Luca pode ser preso por omissão de socorro a Kayky Brito? Advogados avaliam a situação
Anamaria
Bruno de Luca estava com Kayky Brito em um quiosque localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, quando o ator foi atropelado ao atravessar a avenida Lúcio Costa. Com a repercussão do caso e a liberação das gravações que captam o apresentador saindo do local, a conduta dele foi questionada.
Isso porque em momento algum Bruno de Luca presta socorro a Kayky Brito. Em depoimento para a polícia, o apresentador disse que foi apenas no dia seguinte que notou que a vítima do atropelamento era seu amigo.
Testemunhas do atropelamento disseram em entrevista ao 'Domingo Espetacular', que perguntaram se ele [Bruno] não iria ajudar, mas, ele foi embora pela parte de trás do quiosque. "Ele sabia que era o amigo dele. Fiquei muito revoltada no dia", afirma uma delas.
Afinal, Bruno de Luca foi ou não omisso ao não ligar para a emergência após o amigo ser atropelado? Ele será preso? A AnaMaria Digital foi atrás de descobrir e a resposta e não. O advogado criminalista Bernardo M. Cabane Oliveira, comentou o assunto.
"Ele não tinha nenhum dever legal de prestar assistência direta no momento do acidente. A conduta do ator Bruno de Lucca pode ser imoral, já que, ao perceber o amigo atropelado, deixou-o lá e sumiu, porém, não há qualquer responsabilidade na seara criminal a ser imputada", falou.
De acordo com o advogado João Pedro Ignácio Marsillac, em entrevista à coluna do jornalista Gabriel Perline, no IG, a conduta de Bruno também não corresponde a um crime. "Após o atropelamento, havia outras pessoas prestando socorro", disse.
MAS POR QUE NÃO FOI ILEGAL?
Segundo o especialista em direito e processo penal e mestre em direito das relações sociais pela PUC/SP, Leonardo Pantaleão, para o UOL Splash, a responsabilidade de prestar socorro após um atropelamento é do motorista. O que neste caso foi cumprida.
"A responsabilidade por omissão de socorro recai sobre aqueles que têm o dever de agir, como motoristas envolvidos em acidentes de trânsito, socorristas, médicos de plantão, entre outros", acrescenta Bernardo.