Governo Lula estuda retorno do horário de verão
Anamaria
Amado por uns, por outros nem tanto: o retorno do horário de verão divide opiniões entre os brasileiros. Se por um lado, temos mais horas de claridade e a sensação de dias mais longos, a mudança não agrada quem precisa sair de casa antes do nascer do sol.
Em novembro do ano passado, a pauta chegou a ser tema de uma enquete realizada no perfil oficial do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no X, antigo Twitter: “Governo que consulta a população. O que vocês acham da volta do horário de verão?”. Dos que responderam à pesquisa, 66,2% disseram que sim, gostariam de uma hora a mais de luz do sol, enquanto 33,8% preferem a prática atual.
O horário de verão foi suspenso pelo governo de Jair Bolsonaro em 2019. Em 2023, a equipe técnica do governo Lula também avaliou que não havia necessidade do retorno da prática, devido ao baixo impacto na geração e consumo de energia.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu o debate sobre a volta do horário de verão e afirmou que a alteração da hora traz “impulsos econômicos”. De acordo com ele, o debate precisa estar “desatrelado da questão exclusivamente energética”.
"Eu vejo a discussão sem nenhum tabu. Eu defendo isso no governo, o horário de verão deve ser desatrelado da questão exclusivamente energética. O horário de verão tem outras repercussões", afirmou Silveira.
“Há um impulso econômico em alguns setores. Então, eu tenho defendido junto ao MDIC, à Economia, que a gente possa olhar o horário de verão de uma forma mais holística, mais ampla. É importante para o Brasil, mesmo que nós tenhamos um momento de segurança energética como hoje, quando ela impactar positivamente a economia”, disse Silveira em entrevista à GloboNews, nesta sexta-feira (17).
"Tenho feito reiteradas reuniões afim de que, mesmo não tendo necessidade energética, se avalie no governo a possibilidade de estimular a economia com a possibilidade do horário de verão", disse o ministro.