O Japão corre risco de um novo terremoto?
Anamaria

A segunda-feira (8) terminou em apreensão para quem vive no nordeste japonês. Um terremoto de magnitude 7,5 sacudiu a costa leste da província de Aomori e interrompeu a rotina de milhares de famílias. Logo após o tremor, o governo emitiu um alerta de tsunami, já que ondas de até 3 metros tocaram partes da orla. Contudo, as autoridades suspenderam o aviso algumas horas depois, quando perceberam que o risco imediato tinha diminuído.
Ainda assim, o impacto foi sentido por toda a região. O tremor ocorreu às 23h15 (horário local), a 50 km de profundidade e a cerca de 80 km da costa. A força do abalo surpreendeu moradores, que relatam quedas de objetos, danos em casas e ruas tomadas pelo medo — um sentimento comum em áreas que convivem frequentemente com instabilidades sísmicas.
Alerta de tsunami: o que dizem os especialistas
Embora o alerta de tsunami tenha sido cancelado, a Agência de Meteorologia do Japão reforçou que a população precisa permanecer atenta. Isso porque o país registrou um novo aviso de possível terremoto subsequente nas áreas de Hokkaido e Sanriku. Segundo o governo, existe uma chance de “uma em cem” de outro tremor de grande escala ocorrer ainda nesta semana.
Esse tipo de risco não surpreende sismólogos. O arquipélago japonês está localizado no “Círculo de Fogo do Pacífico”, uma faixa onde placas tectônicas se encontram e provocam uma intensa atividade geológica. Assim, após um tremor forte, réplicas são esperadas — e, às vezes, podem ser tão perigosas quanto o primeiro evento.
Para quem vive em áreas costeiras, sobretudo no norte do país, as autoridades reforçam recomendações claras: evacuar rapidamente para locais elevados quando o alerta de tsunami for acionado, evitar retornar antes de autorização oficial e acompanhar atualizações de fontes confiáveis.
Danos materiais e escolas fechadas após o terremoto
Entre os prejuízos confirmados, o Ministério da Educação revelou que sete escolas públicas sofreram danos estruturais, como janelas estilhaçadas e rachaduras. 139 escolas decidiram suspender as aulas.
O terremoto também obrigou milhares de moradores a deixarem suas casas. Serviços ferroviários foram suspensos, bairros inteiros ficaram sem energia elétrica e houve relatos de falta de água em alguns municípios. Apesar do susto, as empresas responsáveis por usinas nucleares da região informaram que não identificaram anomalias — uma boa notícia que trouxe certo alívio à população.
Governo monitora riscos e reforça a gravidade do terremoto no Japão
A primeira-ministra Sanae Takaichi afirmou que o governo acompanha a situação minuto a minuto e prepara respostas em várias frentes, desde a assistência às famílias desabrigadas até a estruturação de abrigos emergenciais. Nas redes sociais, ela fez um apelo direto às famílias das regiões mais vulneráveis: “Evacuem imediatamente para áreas elevadas ou prédios de emergência”, disse em comunicado.
Mesmo com toda a mobilização, os especialistas reforçam que o risco maior não ficou para trás. A possibilidade de novos tremores mantém o norte do país em estado de alerta — e as autoridades recomendam que a população permaneça vigilante até que os próximos boletins descartem chances de réplicas significativas relacionadas ao terremoto no Japão.
Resumo: O forte tremor de magnitude 7,6 atingiu Aomori, provocou alerta de tsunami e deixou ao menos 33 feridos. Escolas sofreram danos e milhares ficaram sem energia. O governo monitora a situação e reforça orientações de segurança. Especialistas alertam para o risco de novos abalos nos próximos dias.
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