300 mortos e 800 feridos: Acidente de trem provoca tragédia na Índia

Na última noite de sexta-feira, 2, dois trens cheios de passageiros foram envolvidos em uma violenta colisão em alta velocidade no leste da Índia, causando aquele que se tornou o maior desastre ferroviário a ocorrer no país durante este século. 

Segundo apurado pelo The Guardian, até o momento já foram recuperados os restos mortais de 288 vítimas, e mais 803 pessoas ficaram feridas como resultado da batida. É importante destacar, no entanto, que as buscas por corpos em meio aos destroços continuam de forma incessante mesmo mais de 12 horas depois, e o número de fatalidades ainda pode aumentar. 

Além de centenas de bombeiros e policiais com cães farejadores, já foram enviadas ao local cerca de 200 ambulâncias para prestar atendimento aos sobreviventes resgatados. 

O trabalho de resgate continua em pé de guerra. Equipamentos médicos adicionais e medicamentos nos hospitais onde as vítimas estão sendo tratadas também estão sendo providenciados", informou Pradeep Jena, o secretário-chefe do estado onde se deu o desastre, também conforme o The Guardian. 

O que aconteceu? 

O acidente ocorreu quando um trem viajando a 130 quilômetros por hora bateu contra um veículo de carga parado. Os vagões deste segundo, por sua vez, acabaram saindo dos trilhos com a força do impacto, ao que atingiram um terceiro trem que vinha na direção oposta. 

Após o fim das buscas, as autoridades indianas iniciarão uma investigação para entender os motivos que teriam levado à tragédia, segundo garantiu o ministro ferroviário do país, Ashwini Vaishnaw, em uma declaração à imprensa. 

Será conduzida uma investigação detalhada de alto nível e o comissário de segurança ferroviária também fará uma investigação independente. No momento, o foco está nas operações de resgate e socorro", disse ele.

A Índia, vale lembrar, possui uma vasta rede ferroviária de 64 mil quilômetros de comprimento — para colocar o número em perspectiva, basta lembrar que a do Brasil possui apenas 28 mil quilômetros. 

Todo esse sistema de transporte é administrado por um único órgão governamental. E, apesar das diversas obras destinadas a renovar as partes antigas da infraestrutura, assim aumentando a segurança, o território ainda vê centenas de acidentes envolvendo seus trens todos os anos.