40 anos depois, homem é preso por assassinato de esposa com machado
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Em fevereiro 1982, Cathy Krauseneck, uma moradora de 29 anos do estado norte-americano de Nova York, foi brutalmente assassinada com um golpe de machado enquanto dormia junto de sua filha de 3 anos.
Quem chamou a polícia foi a vizinha, após ser procurado pelo marido da mulher, James Krauseneck, 30, que carregava sua filha no colo, e, conforme afirmaria mais tarde, teria encontrado a cena do crime após chegar em casa do trabalho.
Segundo observado pela estadunidense na ligação às autoridades, o marido da vítima se encontrava com uma "expressão de terror no rosto", e não conseguia falar por conta do choque, de acordo com informações relembradas por uma matéria recente da revista People.
Reviravolta
Na época, os oficiais conduziram intensas investigações a respeito da identidade e do paradeiro do assassino de Cathy, porém sem sucesso. É apenas na última semana, 40 anos mais tarde, que a Justiça norte-americana condenou alguém pelo homicídio.
Aquele considerado culpado por brutalmente tirar a vida da mulher é o próprio James, que possui, hoje, 70 anos. Sua sentença será decidida no próximo dia 7 de novembro. O processo criminal movido contra o marido da vítima, vale mencionar, já ocorre desde 2015, quando o caso foi reaberto.
Depois de 19 de fevereiro de 1982, James Krauseneck se mudou e continuou com sua vida por 40 anos. Cathleen não teve esse privilégio. Sou grato por termos sido capazes de proporcionar esse encerramento para Cathleen e sua família", relatou Sandra Doorley, a promotora liderando a investigação, através de um comunicado divulgado ao público.
Ainda de acordo com a People, após o júri declarar o veredito, a irmã da vítima, Annet Schlosser, comemorou em voz alta, dizendo "Conseguimos! Justiça para Cathy!".
Já em entrevista ao Democrat & Chronicle, o pai da assassinada, Robert Schlosser, que tem 95 anos, se mostrou grato por ter vivido o suficiente para ver a Justiça dos EUA encontrar o culpado pelo crime. A mãe de Cathy, por outro lado, não teria tido a mesma sorte, conforme lamentou o homem.
"Estou orgulhoso de fazer parte da equipe que encontrou justiça para CathleenKrauseneck 40 anos depois que James Krauseneck pegou um machado de sua garagem e o usou para golpear a cabeça dela enquanto ela dormia (...) Foi um dos grandes prazeres da minha carreira conhecer a família de Cathy e poder ajudar a garantir justiça para seu ente querido", apontou Patrick Galllagher, outro promotor envolvido no caso.
Injustiça?
O advogado de James, contudo, acredita que a condenação de seu cliente não foi baseada em evidências.
"Estamos confiantes de que a condenação será anulada pelo tribunal de apelação com base no fato de que a acusação não tinha justificativa para esperar 37 anos para apresentar essa acusação. Não houve novas evidências, simplesmente uma nova opinião do Dr. Baden", relatou Michael Walford em um e-mail à People.
O representante legal se refere a Michael Baden, o médico forense que auxiliou em mais de uma investigação a respeito do homicídio, incluindo a última revisão, que levou ao veredito de James como culpado.
Achamos que a lei está do nosso lado e estamos confiantes de que teremos uma reversão", concluiu Walford.