5 fatos inquietantes sobre o brutal assassinato da família Watts

Em agosto de 2018, o desaparecimento de três membros de uma mesma família paralisou os Estados Unidos. De um dia para o outro, Shanann Cathryn Watts e suas duas filhas pequenas sumiram da casa onde moravam em Frederick, no Colorado.

Casado com a mulher desde 2012, Christopher Watts, o pai das crianças, não parecia absolutamente abalado com o sumiço da família, mas estava disposto a encontrá-las. O problema é que, em segredo, ele sabia exatamente qual era o paradeiro das três.

Mesmo que Shanann compartilhasse o relacionamento dos dois nas redes sociais, nenhum de seus seguidores, familiares ou amigos imaginava o real desfecho da história. Tamanho foi o choque que, em setembro de 2020, a Netflix lançou um documentário sobre o que realmente aconteceu no dia em que a família sumiu.

Confira cinco fatos sobre o crime da família Watts, de acordo com o documentário ‘Cenas de um Homicídio: Uma família vizinha’, da Netflix:

1. Conflitos e soluções

Nas redes sociais, Shanann e Christopher sempre diziam ter a relação perfeita. Na vida real, contudo, a verdade não era tão bonita assim. Em 2018, inclusive, o homem assumiu um comportamento frio que levou a esposa a acreditar que estava sendo traída.

Como se as dúvidas já não fossem o suficiente para minar a relação, Shanann não se entendia muito bem com a família do marido. Ela, inclusive, não gostava que suas filhas, Bella Marie, de 5 anos, e Celeste Cathryn, de 3, fossem visitar os parentes paternos.

Todos os problemas, no entanto, pareceram desaparecer quando Shanann descobriu estar grávida pela terceira vez, agora de um menino. Mesmo que inesperada, a gestação pareceu acalmar as coisas entre o casal e Christopher pareceu contemplado com o bebê.

2. Cooperação

Depois de voltar de uma curta viagem no dia 13 de agosto, contudo, Shanann deixou de responder as mensagens de sua melhor amiga, que chamou a polícia. No dia seguinte, então, os oficiais comprovaram que a mulher e suas filhas haviam sumido.

Acionado por um oficial do Departamento de Polícia de Frederick, Christopher saiu do trabalho correndo e, ao chegar em casa, disse não saber nada sobre o paradeiro da esposa e das filhas pequenas. O homem, todavia, parecia muito disposto a cooperar.

3. Versão de um crime

O desaparecimento de Shanann, Bella e Celeste rapidamente tomou conta da mídia norte-americana, que abriu espaço para que o pai da família fizesse um apelo nacional. Até então, Christopher curiosamente não havia derramado uma lágrima sequer.

Desconfiados, os investigadores convidaram o homem para um teste de polígrafo, no dia 15 de agosto. Mesmo tendo aceitado sem hesitar ou resistir, Christopher falhou na prova. Assim, ele se tornou o principal suspeito do sumiço da mulher e das meninas.

Aparentemente sem saída, o homem afirmou, em testemunho, que pediu divórcio para Shanann, cuja reação, em meio a um acesso de raiva, teria sido estrangular as duas filhas. Em defesa própria, então, o suspeito teria asfixiado a mulher e jogado os três corpos em um tanque de petróleo da empresa onde ele trabalhava.

4. A verdade brutal

O problema é que, para os oficiais, a versão inicial de Christopher não parecia sincera. Foi apenas em março de 2019, entretanto, que a verdade acabou sendo revelada:  questionado mais uma vez, Christopher finalmente assumiu os três assassinatos.

Segundo o próprio acusado, ele estrangulou a mulher depois de uma discussão. Com Shanann morta no chão do carro e as filhas chorando no banco de trás, ele dirigiu até um campo abandonado e se desfez do corpo da esposa. Em seguida, matou as meninas.

Enquanto Bella assistia cada movimento do pai, o homem sufocou a pequena Celeste até a morte. Depois, usou o lençol que escondia o corpo de Shanann para asfixiar a filha mais nova. Com todas mortas, jogou seus cadáveres em um tanque de petróleo.

5. O mistério nunca solucionado

Ainda que, em seu último testemunho, Christopher tenha confessado as três mortes, uma pergunta sobre o caso nunca foi respondida. Aos investigadores, o criminoso disse não ter planejado os homicídios, mas não revelou o motivo que o levou a assassinar sua família inteira — mistério que segue sem solução, mesmo tantos anos mais tarde.

Sabe-se que, na época do crime, o condenado havia se apaixonado por outra mulher, com quem mantinha um relacionamento. Ela, porém, se demonstrou chocada ao saber do crime.

Sentenciado a cinco prisões perpétuas no dia 19 de novembro de 2019, o homem foi levado até a Dodge Correctional Institution, uma prisão de segurança máxima em Wisconsin. Christopher afirma que sente-se atormentado pelo crime brutal até hoje.