A aurora boreal colaborou com a tragédia do Titanic?
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Aventuras Na História
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O roteiro sobre o naufrágio do RMS Titanic todos já sabem: o icônico transatlântico havia partido do porto de Southampton (Inglaterra) e tinha como destino Nova York (EUA), mas acabou afundando após colidir contra um iceberg na madrugada entre os dias 14 e 15 de abril de 1912. Mais de 1.500 pessoas morreram.
Mas um fator pouco debatido pode ter ajudado com a mais famosa tragédia marítima de todos os tempos: o céu. Conforme recorda a Smithsonian Magazine, o RMS Titanic afundou em uma noite sem lua. Mesmo assim, o céu não estava completamente escuro. As Luzes do Norte brilhavam verde por todas as partes.
Elas são formadas quando partículas carregadas de uma tempestade solar particularmente forte atingem o campo magnético da Terra, aumentando as taxas de oxigênio e nitrogênio na atmosfera superior. Assim, as Luzes do Norte, popularmente conhecida como Aurora Boreal, iluminam o céu em um show impressionante de cores vibrantes.
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Conforme explica artigo do LiveScience do ano passado, as tempestades solares que geram as auroras boreais podem também causar a interrupção de sinais magnéticos e ondas de rádio. E justamente esses fatores podem ter contribuído para o naufrágio do Titanic, aponta a pesquisadora independente do Titanic Mila Zinkova em um artigo publicado em 2020, para o periódico Weather. Relembre!
A culpa dos céus
Segundo Zinkova, existem evidências que ligam o naufrágio do RMS Titanic ao show de luzes celestiais. O primeiro desses fatores é que as partículas carregadas da tempestade solar podem ter desviado a bússola do navio. E justamente isso o teria colocado em rota de colisão com o iceberg.
Mesmo que a bússola se movesse apenas um grau, isso já poderia ter feito a diferença", disse Zinkova, uma programadora de computador aposentada, à revista Hakai.
O fenômeno foi relatado por James Bisset, oficial designado para o RMS Carpathia, que resgatou 705 sobreviventes do naufrágio do Titanic. Em seu diário de bordo, conforme resgata o LiveScience, ele escreveu: "Não havia lua, mas a Aurora Boreal brilhava como raios de luar surgindo do horizonte norte".
Quando o navio se aproximou dos botes salva-vidas do Titanic, cerca de cinco horas depois, Bisset acrescentou que podia ver "raios esverdeados".
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Outra testemunha do evento foi o sobrevivente Lawrence Beesley. Ele relatou que o brilho da aurora boreal "arqueava-se em leque no céu do norte, com tênues faixas alcançando a Estrela Polar", aponta a Smithsonian Magazine.
Efeitos da aurora
Conforme explica a NASA, as tempestades solares (conhecidas como ejeções de massa coronal) enviam uma onda de partículas eletrificadas para o espaço. Quando nosso planeta é atingido por elas, essas partículas viajam por nosso campo magnético e acabam atingindo o oxigênio (gerando as luzes vermelha e verde) e o nitrogênio (azul e roxa).
Embora o campo magnético da Terra nos proteja da maioria dos efeitos das tempestades solares, o fenômeno pode interferir em equipamentos elétricos (como as bússolas) e também na rede elétrica ou no tráfico espacial, aponta o Popular Mechanics.
Com todos esses fatores, Mila Zinkova sugere que a tempestade solar pode ter alterado a bússola do Titanic, o levando na direção errada. Além disso, o mesmo pode ter acontecido com o Carpathia; o que guiou o navio a vapor até os sobreviventes — compensando o fato de que o sinal SOS recebido pela embarcação havia sido direcionado para mais de 10 quilômetros de distância de sua localização exata.
O artigo também aponta que a aurora boreal teria afetado as transmissões de rádios do Titanic. O que explicaria o motivo do navio SS La Provence não ter recebido os alertas do naufrágio, assim como o Titanic não recebeu as respostas do SS Mount Temple.
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