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A criança de 7 anos que desfilou como rainha de bateria no carnaval de 2010
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A criança de 7 anos que desfilou como rainha de bateria no carnaval de 2010

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Aventuras Na História
19/02/2023 23h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15431832/original/open-uri20230219-18-6i2qzj?1676847843
©Reprodução/Vídeo/Youtube
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Em 2010, a escolha de uma menina de 7 anos para desfilar como rainha de bateria da Viradouro causou polêmica ao redor do país. Na época, Marco Lira, então presidente da Viradouro, nomeou sua filha, Júlia, para desfilar na Sapucaí, todavia, a decisão chamou atenção. 

Na época, o Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente ameaçou impedir a participação da criança na festividade ao argumentar que o posto é caracterizado pelo grande 'apelo sexual'.

Antes da criança, apenas mulheres adultas ocuparam o posto de rainha de bateria, como Luma de Oliveira e a atriz Juliana Paes. A autorização só veio quando o Juizado da Infância e Juventude permitiu a presença da criança, conforme repercutido pelo portal Terra na época.

O desfile

No ano em que a Unidos da Viradouro tinha como tema o México, a criança foi o assunto que tomou as manchetes. Na noite do evento, Júlia não aguentou o assédio da mídia e caiu no choro quando cercada por fotógrafos e repórteres. O Extra repercutiu na época que ela buscou abrigo no colo da mãe, Monica Lira, e retornou quando a bateria iniciou o desfile. 

"Não é uma coisa forçada ou imposta", disse Marco Lira aos jornalistas antes do evento começar, conforme destacado pela Reuters, via G1, na época. "Ela se identifica... Foi uma coisa bem espontânea".

Na Sapucaí, Júlia foi aplaudida enquanto era acompanha por Jorginho, filho de 9 anos do mestre Jorjão. A criança também foi orientada pela mãe, que além de impedir o assédio da imprensa, indicava os camarotes para os quais ela precisaria acenar. Além disso, cinco representantes da Vara da Infância e da Juventude estiveram presentes no desfile.  

Após o desfile, o Terra repercute que a menina disse sentir cansaço, mas que gostou de participar da experiência. Já a mãe, Mônica, falou sobre o choro de Júlia antes do desfile: "Ela chorou porque todo mundo foi em cima", disse ela. "Ela ficou meio apavorada... Até eu fiquei com medo".

Aos jornalistas, Marco Lira também se defendeu após as críticas por escolher a filha para desfilar como rainha de bateria. Ele disse entender as críticas, mas que não aceitava. Quanto aos comentários que associavam a participação da criança como apologia à exploração sexual infantil, ele disse: "Eu desafio um pai e uma mãe a expor seu filho ou filha a uma relação que esteja ligada à pedofilia".

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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