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A emocionante história real que inspirou o filme ‘As Nadadoras’, da Netflix
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A emocionante história real que inspirou o filme ‘As Nadadoras’, da Netflix

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Aventuras Na História
27/11/2022 16h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15313236/original/open-uri20221127-18-bxh6v7?1669565213
©Reprodução/Netflix
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No último dia 11 de novembro, a Netflix disponibilizou em meio a seu catálogo o longa dramático 'As Nadadoras'. Inspirado em uma história real, a produção vem emocionando grande parte do público desde seu lançamento, retratando um período extremamente conturbado para as irmãs Yusra e Sarah Mardini.

De acordo com a sinopse do filme, 'As Nadadoras' "apresenta a história real e emocionante das irmãs nadadoras Yusra e Sarah Mardini e suas jornadas quase milagrosas, de refugiadas de uma Síria devastada pela guerra, até as Olimpíadas do Rio de 2016. O longa biográfico acompanha a dedicação das atletas e aborda a força transformadora do esporte, que é capaz de mudar vidas."

Protagonizado por Nathalie Issa (intérprete de Yusra) e Manal Issa (que deu vida à Sarah Mardini), 'As Nadadoras' é dirigido por Sally El Hosaini e possui duas horas e quinze minutos de duração. Confira a seguir o trailer e a história real das irmãs Mardini, que inspirou ao longa:

Fugindo da Síria

Em 2015, o conflito na Síria — que se iniciou ainda em 2011 — alcançou um de seus pontos mais cruciais de toda sua extensão, tendo iniciado um forte movimento migratório da população para outros países da Europa. Em meio a todos os refugiados em outros países, estavam as irmãs Yusra e Sarah Mardini, que praticavam natação desde crianças no país.

Juntas, elas encararam o mar Mediterrâneo às escuras, em um pequeno e frágil bote inflável que transportava mais de 20 pessoas, em direção à ilha grega de Lesbos. Na época com 17 e 20 anos, respectivamente, Yusra e Sarah protagonizaram um momento que já fez delas quase como personagens de um filme: enquanto o bote sofria com o peso de todas as pessoas que transportavam, as irmãs e outros dois homens pularam da embarcação, seguraram cordas e, por três horas, nadaram enquanto carregavam todas aquelas pessoas.

Eu não tinha medo de morrer. Eu sei nadar. Sabia que não aconteceria nada comigo nem com minha irmã. Tudo que aconteceu só me fez mais forte", disse Yusra em entrevista ao Globo Esporte em 2016. "A natação salvou a minha vida e a de outras pessoas também. Sou grata por ser uma nadadora e não me perdoaria se não conseguisse salvar essas pessoas, já que na Síria cheguei a trabalhar como salva-vidas em uma piscina."

Rumo à Alemanha

Assim que chegaram em seu objetivo, as irmãs e os demais refugiados logo ganharam roupas para se aquecerem e, após algumas viagens, chegaram por fim à Berlim, capital da Alemanha. E lá, mais uma vez, a natação salvou a vida das duas jovens.

Cena do filme 'As Nadadoras', da Netflix
Cena do filme 'As Nadadoras', da Netflix / Crédito: Reprodução/Netflix

Em Berlim, conheceram o técnico do clube de natação local Wasserfreunde Spandau 04, Sven Spannekrebs, e logo puderam voltar a treinar. Foi então que Yusra voltou a sonhar em avançar em sua carreira esportiva, voltando a estabelecer a si mesmo o objetivo de participar das Olimpíadas.

"Eu só queria ter um futuro. Queria ir para uma faculdade, queria continuar sendo uma nadadora internacional e minha irmã também. Na Síria a situação não era boa para os treinos e a federação estava tentando nos dar boas condições e mesmo nível que os demais, mas era difícil, apesar deles estarem tentando isso o maior tempo possível. Todo mundo sabe que o sonho de qualquer nadador ou atleta é chegar aos Jogos Olímpicos e ganhar uma medalha de ouro", contou Yusra.

Olimpíadas

Em junho de 2016, somente cerca de cinco meses depois da entrevista, Yusra Mardini conseguiu se classificar e se tornar uma entre os dez atletas selecionados para o time de refugiados das Olimpíadas de 2016, realizadas no Brasil. 

Na época, porém, venceu uma bateria de 100 metros contra quatro outros nadadores, e se classificou em 41º lugar, de 45 participantes no total. Hoje, Yusra possui 24 anos e segue em sua carreira como nadadora, além de ser Embaixadora da boa vontade da ACNUR. Já Sarah, sua irmã, que hoje possui 27 anos, abandonou a carreira esportiva logo que escapou da Síria, mas nunca deixou de incentivar a irmã mais nova.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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