A história por trás do esqueleto de 'vampira da Polônia'
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Aventuras Na História
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Escavações em um local conhecido como "Campo dos Vampiros" revelaram um conjunto intrigante de esqueletos, entre os quais se destaca o de uma jovem batizada de Zosia pelos pesquisadores.
A descoberta, realizada em 2022 sob a direção do Professor Dariusz Polinski e sua parceira Magda Zagrodzka, levanta questões sobre as práticas funerárias da época e as percepções sociais em relação a indivíduos considerados diferentes.
De acordo com Polinski, a forma como Zosia foi sepultada sugere que havia um temor significativo entre aqueles que realizaram seu funeral.
“Pode-se supor que, por algum motivo, aqueles que enterraram a mulher estivessem com medo de que ela ressuscitasse", comentou o professor.
Para evitar qualquer possibilidade desse retorno, a jovem foi sepultada com uma foice posicionada em seu pescoço, um método drástico que poderia resultar na decapitação caso ela 'tentasse se levantar'.
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Medo generalizado
A condição física de Zosia também lança luz sobre a desconfiança que cercava sua figura na comunidade.
A Dra. Heather Edgar, da Universidade do Novo México, identificou uma anormalidade em seu osso esterno, que na sociedade do século XVII poderia ser interpretada como um sinal de má sorte ou até mesmo como um indício de vampirismo. Essa percepção poderia ter contribuído para o tratamento reservado a ela e sua eventual condenação social.
Embora as circunstâncias exatas que levaram à morte de Zosia permaneçam um enigma, arqueólogos sugerem que sua vida pode ter se encerrado durante as guerras sueco-polonesas, um período marcado por intensos conflitos e desconfiança generalizada entre as populações locais.
Por ser possivelmente uma estrangeira, Zosia poderia ter sido vista como uma ameaça, levando a julgamentos severos baseados em preconceitos.
O sepultamento de Zosia foi notavelmente distinto, pois ela foi enterrada com um gorro de seda, indicando uma posição social elevada. O trabalho do arqueólogo Oscar Nilsson incluiu a recriação digital do rosto da jovem, sugerindo características como olhos azuis e cabelos curtos.
![esqueleto](https://timnews.com.br/tagger/images?url=https%3A%2F%2Faventurasnahistoria.com.br%2Fmedia%2Fuploads%2F2025%2F02%2Fesqueleto26.jpg)
Táticas
A investigação no "Campo dos Vampiros" revelou ainda outros corpos que apresentavam sinais de sepultamento cuidadoso. Dentre os aproximadamente cem esqueletos descobertos, 30 mostravam práticas incomuns, como sepultamentos em posições específicas para prevenir o 'retorno dos mortos'.
Exemplos incluem esqueletos de bruços e com pedras pesadas sobre eles ou moedas na boca. Além disso, os arqueólogos encontraram um homem enterrado com uma criança aos pés e outras mulheres que evidenciavam condições médicas significativas.
As táticas para evitar que os mortos perturbassem os vivos eram comuns na Europa Oriental durante esse período histórico.
O medo generalizado de vampiros e criaturas semelhantes fomentou histeria coletiva e execuções de supostos vampiros no século XVII. Polinski descreveu métodos utilizados para impedir o retorno dos mortos, como “cortar a cabeça ou as pernas, colocar o falecido de bruços para morder o chão, queimá-lo e esmagá-lo com uma pedra”.
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