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Afresco representando o último imperador bizantino é descoberto na Grécia
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Afresco representando o último imperador bizantino é descoberto na Grécia

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Aventuras Na História
26/12/2024 14h38
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16427429/original/open-uri20241226-19-5vyj0q?1735224115
©Divulgação/Ministério da Cultura e Desporto da Grécia
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Recentemente, arqueólogos descobriram um afresco de grande valor histórico no Antigo Mosteiro dos Arcanjos, localizado na região de Acaia, no oeste da Grécia. Isso porque a pintura, datada do século 15, é o único retrato contemporâneo conhecido do último imperador do Império Bizantino, Constantino XI Paleólogo.

Conforme divulgado em comunicado no Facebook do Ministério da Cultura e Desporto da Grécia, o afresco foi encontrado debaixo de uma camada de outros afrescos, durante trabalhos de restauração do Antigo Mosteiro dos Arcanjos. Constantino XI, vale mencionar, governou o Império Bizantino de 1.449 até 1.453, quando ele morreu na queda de Constantinopla.

O achado é especialmente relevante, pois permite uma visão rara do último imperador bizantino durante o declínio do império. Com a morte de Constantino XI, a civilização milenar encontrou seu fim pelas mãos dos otomanos.

Afresco raro

Conforme descrito pelos arqueólogos, a pintura oferece um retrato raro e bastante valioso de Constantino XI, visto que foi criado na época em que o imperador ainda era vivo. Dessa forma, é uma rara representação do imperador que se baseia diretamente em sua figura, em vez de outros que o idealizavam ou feitos com base em outras representações.

Na pintura, é possível observar o imperador vestindo trajes reais, incluindo um loro (uma espécie de capa cerimonial bizantina), um sakkos (uma túnica tradicional de seu tempo) e uma coroa diadema.

Além disso, ele também pode ser visto com um manto púrpura com imagens de águias de duas cabeças bordadas, sendo este o símbolo da dinastia Paleólogo, e com um centro com cruz, o que confirma sua posição de destaque no império.

O pintor deve ter representado as características do retrato a partir de sua própria percepção, o que significa que seu modelo não era um retrato imperial oficial, mas o próprio imperador", afirma Anastasia Koumousi, diretora da Ephorate de Antiguidades de Acaia, ao Archaeology Magazine.

Koumousi ainda acrescenta que a representação não se trata de uma versão idealizada de Constantino XI, estas idealizações mais comuns, sendo assim uma representação criada a partir da vida do próprio imperador.

Afresco representando o imperador Constantino XI Paleólogo / Crédito: Divulgação/Ministério da Cultura e Desporto da Grécia

A obra foi descoberta na principal igreja do mosteiro, o Katholikon, que foi restaurada no passado com o apoio dos irmãos Constantino XI, Demétrios e Tomás Paleólogo. Essa restauração, por sua vez, foi feita após uma guerra civil entre os três irmãos, que acabou sendo resolvida com a mediação de Constantino. Esse episódio, inclusive, é uma referência de destaque sobre o papel do imperador na tentativa de manter a unidade e o legado bizantino vivos.

Com a descoberta do afresco, uma nova perspectiva sobre o declínio e fim do Império Bizantino é possível aos historiadores, bem como a resistência de Constantino XI até o último momento, oferecendo também uma visão rara do imperador e dos últimos dias deste império milenar, conforme repercute a Revista Galileu.

Leia também: O fim de uma Era: Por que o Império Bizantino caiu?

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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