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'Anel de fogo' poderá ser formado em breve no oceano Atlântico, aponta estudo
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'Anel de fogo' poderá ser formado em breve no oceano Atlântico, aponta estudo

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Aventuras Na História
15/03/2024 18h31
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16110828/original/open-uri20240315-18-ezs2a9?1710531331
©Wikimedia Commons/NASA
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Um novo estudo publicado na revista Geology em 13 de fevereiro sugere que o oceano Atlântico pode estar prestes a entrar em uma fase de declínio. O fenômeno resultaria na formação de um "anel de fogo", similar ao presente no Pacífico.

O processo de formação e fechamento de um oceano é um ciclo que leva centenas de milhões de anos, conhecido como Ciclo de Wilson. No caso do Atlântico, sua formação remonta a 180 milhões de anos, quando a Pangeia se fragmentou.

O fechamento desse oceano pode ocorrer daqui a aproximadamente 20 milhões de anos — um período considerado "breve" na escala geológica, conforme descrito no artigo publicado na Geology. As informações são da revista Galileu.

Modelo 3D

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão por meio da construção de um modelo computacional 3D, que ilustra o possível fechamento do Atlântico.

Teoricamente, seria necessária a formação de novas zonas de subducção, onde uma placa tectônica desliza sob outra. No entanto, como isso é pouco provável de ocorrer, é possível que alguma zona de subducção já existente migre, como, por exemplo, do Mediterrâneo para o Atlântico, resultando em uma "invasão de subducção".

O modelo geodinâmico demonstra a origem da zona de subducção localizada abaixo do Estreito de Gibraltar e indica que ela ainda está ativa. Prevê-se que ela permaneça em uma fase mais calma por cerca de 20 milhões de anos e, em seguida, se mova em direção ao Atlântico, contribuindo para a formação do sistema de subducção desse oceano.

Com a migração da zona de subducção de Gibraltar, espera-se a formação de um Anel de Fogo do Atlântico, estrutura assim denominada em analogia ao Anel de Fogo do Pacífico. Esta é uma área caracterizada por diversos vulcões ativos e uma maior propensão a terremotos devido à movimentação das placas tectônicas em zonas de subducção na região.

O pesquisador João Duarte, da Universidade de Lisboa, explica que existem outras duas zonas de subducção no lado oposto do Atlântico — as Pequenas Antilhas, no Caribe, e o Arco de Scotia, próximo à Antártica. No entanto, essas zonas invadiram o Atlântico há vários milhões de anos. Ele enfatiza que estudar Gibraltar oferece uma oportunidade única para observar o processo em seus estágios iniciais, enquanto ainda está em andamento.

+ Confira aqui o estudo completo.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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