Anel em Quaoar, ‘primo’ de Plutão, é descoberto por brasileiros
Aventuras Na História
Um grupo internacional que possui diversos pesquisadores, incluindo brasileiros, descobriu que um dos grandes corpos celestes de grande porte orbitando além de Netuno, Quaoar, tem um anel. O achado sugere que tais estruturas devem ser mais comuns do que se imaginava e coloca em dúvida a compreensão das condições que permitem que elas se formem.
Quaoar é um dos grandes objetos que residem no cinturão de Kuiper, onde também está Plutão, o maior deles. Ele tem a metade do tamanho de seu “primo famoso”, com 1.110 quilômetros de diâmetro, segundo a Folha de S. Paulo.
Há a chance de ele também se tratar de um planeta-anão, mas a União Astronômica Internacional não o classifica assim, pois uma das condições para receber essa nomeação é ter atingido equilibro hidrostático (ser aproximadamente esférico). Inclusive, o trabalho dos cientistas começou exatamente com esse objetivo: tentar determinar a forma de Quanoar.
Pequeno e distante
Como o corpo celeste é relativamente pequeno e distante, nem mesmo os melhores telescópios conseguem revelar detalhes de sua forma, que se manifesta apenas como alguns poucos pixels brilhantes mesmo nas melhores imagens capturadas por nossos telescópios.
Para tentar resolver isso, astrônomos exploram as chamadas "ocultações", que se dão quando a órbita do objeto o faz transitar à frente de uma estrela mais distante, bloqueando temporariamente sua luz. O tamanho do astro, por sua vez, é indicado pelo tempo de bloqueio, uma técnica usada para medir várias seções paralelas.
Juntas, essas duas práticas podem permitir a criação de um modelo aproximado da forma de Quanoar. É através dele que os cientistas conseguiram detectar o anel.