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Anjos de Cauda Vermelha: Em meio ao racismo, pilotos negros se destacaram na Segunda Guerra
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Anjos de Cauda Vermelha: Em meio ao racismo, pilotos negros se destacaram na Segunda Guerra

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Aventuras Na História
16/11/2023 18h52
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©Wikimedia Commons
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Quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial em 1941, ainda faltavam 22 anos até Martin Luther King dar o histórico discurso que falou sobre seu sonho de igualdade racial. 

A situação interna vivida pelos Estados Unidos de então não era a mais pacífica: A segregação racial de bases institucionais dominava espaços públicos como escolas, estabelecimentos comerciais, repartições do governo, universidades e meios de transporte coletivo. 

A Era Jim Crow estava em seu auge, e também faltavam vários anos até que a costureira negra Rosa Parks se negasse a dar seu assento para um homem branco, gerando sua prisão e os protestos que vieram em seguida. As leis segregacionistas apenas seriam abolidas em 1964.

Fotografia de Martin Luther King / Crédito: Wikimedia Commons

Com isso, a vida dos afro-americanos estava longe das condições ideais. A despeito de tudo isso, todavia, o Departamento de Guerra estadunidense decidiu em 1939 que iria treinar pilotos negros.

Isso porque, na época, as Forças Armadas do país esforçavam-se para se preparar para o conflito internacional que havia eclodido no mundo, e quaisquer voluntários que pudessem juntar-se às suas fileiras eram bem-vindos. 

Como aconteceu 

A nação norte-americana pretendia entrar mais tarde no conflito internacional, todavia, o ataque surpresa à base militar de Pearl Harbor realizado pelo Japão acabou adiantando a declaração de guerra aos chamados países do Eixo (que incluía a Alemanha, então dominada pelo nazismo, a Itália e o país asiático que os atacara). 

Para a sorte deles, a preparação até aquele momento mostrou-se suficiente. Os recrutas afro-americanos haviam tido sua formação de ensino superior na Tuskegee University, uma universidade privada localizada no estado do Alabama específica para negros. 

Já no Exército, os soldados foram direcionados para dois esquadrões de aviação diferentes, o 332nd Fighter Group e o 477th Bombardment Group. Foi o primeiro deles que acabou sendo enviado ao conflito internacional e fez História. 

Fotografia do esquadrão 332nd Fighter Group / Crédito: Wikimedia Commons

É claro, tendo em vista o preconceito da nação norte-americana, não foi fácil para os pilotos negros 'provarem' que mereciam seu lugar nas Forças Armadas estadunidenses. Frequentemente, eles precisavam cumprir exigências que não eram pedidas de outros esquadrões.

Depois que passaram a ajudar na luta contra o inimigo estrangeiro, todavia, seu talento se mostrou inegável. O 332nd Fighter Group teve um grande destaque na escolta de aviões de bombardeio na Itália, e como tinham o hábito de pintar as caudas de caças de vermelho, ganharam o apelido de “Anjos de Cauda Vermelha”. 

Fotografia mostrando réplica dos aviões usados pelos pilotos / Crédito: Wikimedia Commons

Reconhecimento 

Durante os três anos em que estiveram na Segunda Guerra, o esquadrão de pilotos negros realizou 1.578 missões de combate e 179 de escolta, destruindo 263 aeronaves inimigas, 950 veículos e 40 barcos. 

Dessa forma, após o fim do conflito, ainda que as Leis Jim Crow ainda estivessem em vigor, os soldados afro-americanos receberam três Distinguished Unit Citations, que são citações presidenciais recebidas apenas pelos esquadrões que demonstraram um “extraordinário heroísmo” em batalha. 

A história do 332nd Fighter Group inspirou dois filmes até hoje, o primeiro em 1995, chamado “The Tuskegee Airman” (Ou, como foi lançado no Brasil, “Prova de Fogo”), e o segundo no ano de 2012, esse chamado “Red Tails”. 


Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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