Antes considerada “abortiva”, pílula do dia seguinte é legalizada em Honduras
Aventuras Na História
Depois de treze anos que a pílula do dia seguinte foi proibida em Honduras por ser considerada “abortiva”, o método contraceptivo foi novamente legalizado no país da América Central no Dia Internacional da Mulher. A pílula do dia seguinte havia sido banida em 2009 no país, até que o direito sobre seus próprios corpos foi devolvido às mulheres — ainda que parcialmente — com a permissão do uso e comercialização da pílula.
A presidente Xiomara Castro anunciou, nesta quarta-feira, 8, o acordo executivo “para seu livre uso e comercialização”, através de suas redes sociais. Como repercutido pelo O Globo, ela afirmou em um post no Twitter que: "a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou que [o acesso à pílula] faz parte dos direitos reprodutivos das mulheres e não é abortivo".
A pílula do dia seguinte não tem efeitos abortivos, porque não seria eficaz contra um óvulo fertilizado.
Luta feminista
A fala da presidente, ainda segundo a fonte, é especialmente direcionada ao setor ultraconservador e religioso do país que durante anos foi contrário à luta feminista para a promoção dos direitos sexuais de metade da população, tornando Honduras um dos cinco países da região da América Central onde é totalmente proibida a interrupção voluntária da gravidez.
Além disso, o país também o último da América Latina a liberar o uso desse método contraceptivo. A aquisição da medicação pela população será gratuita nos centros de saúde, além de que poderá ser obtido sem receita nas farmácias.