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Arqueólogos descobrem alicerce da escola mais antiga para crianças negras nos EUA
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Arqueólogos descobrem alicerce da escola mais antiga para crianças negras nos EUA

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Aventuras Na História
23/06/2025 18h10
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Nas terras da Universidade William & Mary, na Virgínia, arqueólogos desenterraram a fundação quase intacta da Williamsburg Bray School, a mais antiga escola conhecida nos Estados Unidos destinada a crianças negras. A descoberta foi divulgada pelo próprio portal da instituição no último dia 17.

Construída no século 18, a estrutura foi revelada em escavações sob o antigo porão do local, onde foram encontrados artefatos que atravessam três séculos de história.

Sobre a instituição

A escola funcionou entre 1760 e 1765, alfabetizando centenas de crianças negras — a maioria delas escravizada — em meio a um currículo religioso e eugenista que justificava a escravidão como parte do plano divino. 

Após o fechamento da escola, o prédio serviu como residência e depois foi incorporado ao campus universitário, chegando a abrigar, nos anos 1920, algumas das primeiras mulheres a cursar ensino superior na região. A estrutura original foi confirmada em 2021, por meio da análise dos anéis das árvores usados em sua madeira.

O prédio da escola foi transferido em 2023 para a Colonial Williamsburg Foundation, onde passa por restauração. Agora, com a descoberta da fundação e do porão, novas peças desse passado ganham forma: botões, cerâmicas feitas à mão, fragmentos de lápis, joias e até um vidro decorado com a imagem da deusa romana Minerva, possivelmente levado por alunas do antigo dormitório feminino.

Botões, pedaços de lápis e caco de vidro com a imagem de Minerva - William & Mary University

Com os achados, a universidade planeja integrar a história da escola em uma exposição permanente no reformado Gates Hall, envolvendo descendentes dos antigos alunos. Parte da fundação poderá ser exposta no local, enquanto outros artefatos seguirão para exibição na Colonial Williamsburg Foundation.

“Cada camada dessa história nos revela mais sobre as origens da nossa república e da nossa comunidade”, declarou a reitora Katherine Rowe ao ATS. A pesquisadora MaureenElgersman Lee reforça ao portal: “Ainda não terminamos de aprender a história desta escola, desta região, deste país.”

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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