Atirador de Aracruz: O que a polícia revelou sobre os ataques em escolas
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Na última semana, um episódio ocorrido em Aracruz, Espírito Santo, chocou os brasileiros. Um adolescente de 16 anos invadiu duas escolas na cidade e causou a morte de quatro pessoas. Além disso, 12 ficaram feridas.
Nesta segunda-feira, 28, as autoridades divulgaram novas informações sobre o caso, a medida em que as investigações aumentam. André Jaretta, delegado que lidera o caso, enfatizou que o atirador é 'simpatizante de ideias nazistas'. Além disso, o rapaz também disse as autoridades que os ataques eram planejados desde 2020.
O ataque
João Francisco Filho, superintendente da Polícia Regional Norte e delegado, revelou os passos do adolescente após os atentados. Ao deixar o local, o atirador procurou uma região isolada, na qual pudesse remover as fitas que escondiam as placas do automóvel utilizado.
Em seguida, ele se dirigiu até a casa da família em Mar Azul, Coqueiral de Aracruz, pegou os itens utilizados para cometer os assassinatos, e colocou tudo de volta no lugar original, uma tentativa de 'despistar' os seus familiares. As informações foram repercutidas pelo O Globo.
"[Ele] coloca tudo onde estava e fica no interior da casa como se nada tivesse acontecido. Os pais chegam e ele reage naturalmente. Os pais já sabiam do atentado, comentam com ele e ele se faz de desentendido. Eles tinham o hábito de ir na casa. Foi enquanto eles estavam que a força-tarefa conseguiu descobrir quem seria o autor e onde ele estava estava", disse o delegado João Francisco Filho, conforme repercutido pelo G1.
Sem alvo
Também foi revelado que o atirador revelou as autoridades que não tinha um alvo específico, e que as vítimas foram feitas 'aleatoriamente'. Além disso, o jovem, que era matriculado em uma das escolas alvos dos crimes, não estudava atualmente.
Ele deixou a escola ao iniciar o primeiro ano do ensino médio. Assim, a ida dos pais até um supermercado em outro município foi crucial para os ataques serem feitos.
Os pais deixaram claro que ele fazia acompanhamento com psicóloga e psiquiatra, tomava medicação, mas não se abria muito", destacou o delegado Jaretta.
Ele também disse que o rapaz revelou manusear um revólver calibre .38 do pai, que é policial militar, quando os pais não estavam em casa. A ideia era melhorar o uso do armamento.
"Ele as manuseava sempre que tinha a oportunidade de ficar sozinho. Nós não temos, até o momento, informações de que ele já tinha tido a oportunidade de realizar disparos. Isso demanda tempo. A polícia está atenta aos fatos e será rigorosa nas análises. Não seremos irresponsáveis, e atuaremos dentro da legalidade", disse o delegado.
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Ideais nazistas
O atirador revelou ter lido trechos do livro 'Minha Luta', escrito por Adolf Hitler. Nas imagens registradas por uma câmera de segurança, ele aparece com um uniforme camuflado, no qual, há uma suástica
A Polícia Civil também revelou que o pai 'tinha a cautela de manter a arma com um cadeado, ainda que ela não estivesse dentro de um cofre'.