Cientistas descobrem a existência de oceano em Marte há 3,5 bilhões de anos
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Cientistas descobriram que Marte tinha um oceano há 3,5 bilhões de anos. Os pesquisadores encontraram evidências dessa descoberta em mapas topográficos. O estudo foi publicado pelo periódico Journal of Geophysical Research: Planets, em 12 de outubro.
A pesquisa revelou que o planeta tinha uma gigantesca linha costeira que cobria centenas de milhares de quilômetros quadrados, além de mostrar que Marte enfrentou um aumento do nível do mar consistente com um clima quente e úmido prolongado.
O planeta que hoje apresenta uma dura paisagem congelada tinha uma costa oceânica de ao menos 900 metros de espessura e com um clima quente e úmido prolongado, enfrentou um aumento do nível do mar consistente, como repercutido pela revista Galileu.
Vida em marte
De acordo com o principal autor do estudo, o professor Benjamin Cardenas, professor assistente de geociências da Universidade Estadual da Pensilvânia, Estados Unidos, essas descobertas permitem a percepção de que houve um período quente no planeta vermelho, em que a atmosfera era quente o suficiente para suportar tanta água líquida.
A área que já foi oceano, hoje é conhecida como Aeolis Dorsa e foi possível entender a evolução da paleografia da região com base nas espessuras do sistema de cristas, elevações e possíveis direções de fluxos sedimentares.
“As rochas em Aeolis Dorsa capturam algumas informações fascinantes sobre como era o oceano”, disse Cardenas, em comunicado.
Na Aeolis Dorsa está a coleção mais densa de cordilheiras fluviais de Marte. Segundo Cardenas, a descoberta da existência de um oceano é o principal sinalizador para a presença de vida.
“O que imediatamente vem à mente como um dos pontos mais significativos aqui é que a existência de um oceano desse tamanho significa um maior potencial para a vida”, disse.
O especialista explicou que a estratigrafia do planeta é “relativamente mundana” e que as antigas bacias contêm os registros estratigráficos da evolução do clima e dos seres vivos, por isso o oceano que cobriu Aeolis Dorsa seria o local mais lógico para a busca de vida em Marte.