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Cientistas descobrem 'abundância' de animais vivendo nos esgotos na Flórida
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Cientistas descobrem 'abundância' de animais vivendo nos esgotos na Flórida

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Aventuras Na História
19/02/2025 16h30
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16466792/original/open-uri20250219-56-1d1r8fl?1739982675
©Getty Images
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Um novo estudo publicado no periódico Urban Naturalist chamou atenção para um fato bastante curioso: os sistemas de esgoto da Flórida abrigam uma "abundância" de animais, incluindo jacarés e guaxinins, que utilizam dos canos de drenagem para atravessar a cidade. Isso reforça como a vida selvagem é forçada a navegar em ambientes alterados pelo homem, e se adaptar à rápida urbanização contínua.

No estudo, os pesquisadores examinaram como o esgoto era utilizado pelos animais, a partir de armadilhas fotográficas. As capturas foram feitas particularmente no Condado de Alachua, na Flórida, e registraram um total de 35 espécies diferentes de vertebrados navegando pelo sistema de esgoto, que inclui anfíbios, répteis, mamíferos e pássaros.

A abundância de animais lá embaixo foi surpreendente", afirmou Alan Ivory, da Universidade da Flórida e coautor do estudo, ao New York Times.

Foram encontradas sete espécies de répteis, repercute o The Independent, incluindo a espécie de jacaré americano Alligator mississippiensis, que é "documentada no maior número de locais", segundo os pesquisadores.

Os répteis, em geral, foram encontrados em locais que retiveram água por mais da metade do tempo em que ocorreu o estudo. Alguns destes répteis, como a tartaruga-de-barriga-amarela, aparentemente usava os canos como corredores entre lagoas.

Porém, outros animais também foram avistados no sistema de esgoto, utilizando-o para atravessar as cidades sem passar pelas estradas movimentadas. Destacam-se principalmente guaxinins e pequenos morcegos nativos do sudeste dos EUA, mas também há registros de gambás, tatus, gatos, ratos pretos, esquilos, carças, carriças e sapos.

Nossa pesquisa oferece uma exploração abrangente da diversidade de vertebrados dentro de um habitat urbano não convencional e fornece insights valiosos sobre a relação entre SSS [o sistema de esgoto pluvial subterrâneo] e padrões de utilização de espécies", explicam os cientistas no estudo.

Impactos

Apesar dos resultados, os cientistas ainda destacam uma limitação na pesquisa, visto que a contagem real de alguns répteis nos esgotos deve ser ainda maior que o registrado, visto que as armadilhas fotográficas dependiam de o animal estar mais quente que o ambiente ao redor para acionar a captura de imagem.

Ainda assim, os pesquisadores ainda esperam realizar mais estudos para compreender o que levou alguns anfíbios e répteis a entrar no sistema de esgoto, para ajudar que evitem ficar presos e, além disso, poder empregar estratégias de planejamento urbano mais ecologicamente conscientes e favoráveis à biodiversidade nativa.

"Se os anfíbios estiverem caindo do meio-fio e não conseguirem sair, dispositivos de exclusão e auxílios para escalada podem ser implementados para evitar que esses animais selvagens fiquem presos no SSS", concluem os cientistas.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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