Como o pai de Marilyn Monroe foi descoberto 60 anos após sua morte
Aventuras Na História
Com uma carreira coberta de mistérios em relação a vida pessoal e profissional, Marilyn Monroe se consolidou como um dos nomes mais comentados da Era de Ouro de Hollywood até os dias atuais, marcando a indústria cinematográfica em vida e deixando um legado marcante após seu óbito, em 1962.
Contudo, um dos fatores principais no que se refere a intimidade da estrela de 'O Pecado Mora ao Lado' trata-se de suas origens familiares. De acordo com a revista Veja, o diagnóstico de esquizofrenia da mãe da atriz fez com que que a infância e adolescência de Marilyn ocorressem em diversos lares adotivos e até em um orfanato.
Marilyn também não contou com o auxílio do pai, que nunca reivindicou a paternidade da filha ou, sequer, fez questão de se identificar. As poucas informações que a garota tinha era de que o relacionamento que ele teve com sua mãe, Gladys Pearl Baker, foi breve e que, em certa ocasião, encontrou uma foto dele sem maiores informações, que usou como base para procurá-lo na vida adulta.
Busca incessante
Levando essa busca por toda a vida, a estrela do cinema faleceu precocemente, aos 36 anos, sem uma resposta concreta sobre quem seria seu pai, com o mistério perdurando por seis décadas — até que, em abril de 2022, parte da história sobre a ancestralidade da atriz pôde ser clareada com uma meticulosa pesquisa.
Através de uma análise laboratorial, o diretor francês Francois Pomès anunciou que havia concluído a produção de um documentário intitulado 'Marilyn, Her Final Secret' ('Marilyn: Seu segredo final', em tradução livre), previsto para estrear em uma emissora de televisão francesa em junho e, finalmente, revelando a identifdade do pai da 'Loira Bombástica'.
De acordo com o diretor em entrevista à revista norte-americana Variety, a pesquisa foi conduzida pelo especialista em arqueologia molecular Ludovic Orlando, e contou com um trabalho histórico para descobrir não apenas quem era o homem da fotografia encontrada pela atriz, mas se havia relação de DNA.
Quem era o pai?
Conforme relacionado por diversos biógrafos da atriz, a imagem seria de um americano identificado como Charles Stanley Gifford. Dessa forma, Francois conduziu uma investigação genealógica que alcançou, nos Estados Unidos, um bisneto do suposto homem, que aceitou ter sua saliva coletada.
Marilyn, por sua vez, não foi exumada, mas o diretor teve acesso a um dos fios de cabelo coletados pela pessoa que embalsamou o corpo da atriz no dia do óbito, sendo suficiente para levar as amostras ao laboratório.
Com a relação de DNAs, finalmente era possível confirmar alguma relação de ancestralidade e, fato que ocorreu com êxito; Charles compartilhava seus genes com a Marilyn Monroe. "Conseguimos traçar 22% de seu perfil genético graças a um fragmento de DNA encontrado na queratina", acrescentou o francês.