Comparação com The Crown: A família real gostava de Diana?
Aventuras Na História
No último mês de agosto, a trágica morte de princesa Diana após um acidente de carro em Paris, ocorrido enquanto ela e seu namorado, Dodi Al-Fayed, fugiam de paparazzi, completou 25 anos.
É relevante observar que a data ocorre pouco antes da estreia da 5ª temporada de The Crown, série da Netflix que mistura fato e ficção ao relembrar a trajetória da família real britânica.
Foi bem nestes últimos episódios que ocorreu o divórcio de Lady Di e príncipe Charles, assim como a morte da princesa do povo. Na vida real, o fim oficial do matrimônio se deu em 1997, cerca de um ano antes do acidente automobilístico.
Após o fim da representação da vida de Diana Spencer no seriado de televisão, vale relembrar como teria sido sua relação com a família de seu marido na realidade.
O início
Em uma entrevista ao site Parade.com, Carolyn Harris, uma historiadora especialista na monarquia britânica que foi responsável pela escrita do livro "Raising Royalty: 1000 Years of Royal Parenting" (ou, em tradução livre, "Criando a Realeza: 1000 Anos de Educação Familiar Real"), falou sobre a entrada de Lady Di na realeza.
De acordo com a escritora, independentemente do que teria ocorrido mais tarde entre Spencer e a família real britânica, o início da saga de Diana na realeza foi harmonioso.
A jovem, que tinha apenas 20 anos quando se casou com Charles, o príncipe de Gales e herdeiro do trono do Reino Unido, era considerada uma pretendente promissora.
Ela tinha um histórico familiar positivo, uma vez que vinha de uma linhagem tradicionalmente aristocrática, e diversos parentes seus eram próximos da realeza: seu pai servia como escudeiro da rainha Elizabeth II, por exemplo, e ambas as suas avós teriam sido damas de companhia da monarca anterior, a rainha-mãe.
Diana possuía ainda um comportamento de estilo "recatado", o que seria considerado apropriado para a esposa do futuro líder da monarquia britânica.
Outra característica importante da moça era que ela não possuía um "passado", ainda segundo Harris, o que a diferenciava de Camilla Parker Bowles, que havia namorado Charles nos anos 70, mas engatou em um relacionamento com Andrew Parker Bowles quando o príncipe de Gales decidiu fazer algumas viagens internacionais.
Parceira desaprovada
Hoje, vale lembrar, é Camilla que ocupa o papel de rainha consorte de Charles III, que assumiu a coroa após a morte de sua mãe em setembro deste ano. Assim, mesmo que inicialmente essa pretendente não tenha contado com a aprovação da família real, ele se tornou a parceira do príncipe de Gales de qualquer forma.
O romance persistente entre os dois foi, inclusive, um dos grandes problemas do casamento do herdeiro do trono com Diana, resultando no seu escandaloso divórcio em 1996.
No fim das contas, assim, mesmo que Lady Di fosse aprovada pela família de seu marido, a falta de compatibilidade dela com Charles e com os próprios moldes da monarquia levaram ao seu afastamento da realeza.