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"Congonhas: Tragédia Anunciada': Relembre o acidente aéreo que deixou a nação de luto
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"Congonhas: Tragédia Anunciada': Relembre o acidente aéreo que deixou a nação de luto

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Aventuras Na História
24/04/2025 14h09
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©Milton Mansilha/Agência Brasil
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A tragédia do vôo TAM 3054 aconteceu no dia 17 de julho de 2007, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O episódio matou 199 pessoas, sendo o maior acidente aéreo do Brasil e da América Latina. Agora, é relembrado no documentário da Netflix 'Congonhas: Tragédia Anunciada'.

Com 181 passageiros a bordo e seis tripulantes, o avião partiu do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, com destino final para São Paulo, no Aeroporto de Congonhas.

No entanto, uma falha durante o processo de pouso fez com que a aeronave não freasse corretamente, ultrapassasse a pista e só parasse após colidir contra um prédio da própria companhia aérea e um posto de gasolina na Avenida Washington Luís — o que provocou uma explosão.

O acidente acabou vitimando não só todas as pessoas que estavam no voo, como outras doze que estavam em solo. "[O acidente de Congonhas] é uma cicatriz permanente para todos os familiares — e cada um lida de sua forma", diz o diretor do documentário, Angelo Defanti, em entrevista exclusiva à equipe do Aventuras. 

Tragédia anunciada

Dias antes do ocorrido, outros pilotos apontaram falhas na pista e irregularidades que estavam atrapalhando na hora de fazer os pousos. Vale ressaltar que Congonhas tinha acabado de passar por reformas, mas elas não foram finalizadas — faltaram os groovings, nome dado às ranhuras feitas na pista para escoamento da água. 

Quase um ano antes, no dia 24 de julho de 2006, um Boeing 737 da BRA Transportes Aéreos deslizou sobre a pista, logo depois de pousar. Graças a uma manobra feita pelo piloto, a aeronave não caiu na avenida Washington Luis.

Mesmo após todos os avisos, nada foi feito para prevenir o que aconteceria posteriormente. Na noite do dia 17 de julho de 2007, a aeronave TAM 3054 foi autorizada a pousar em Congonhas na pista 35L.

Segundo testemunhas oculares e imagens capturadas pelas câmeras de segurança do aeroporto, o avião não diminuiu a velocidade após tocar a pista, atravessando o local numa velocidade média de 90 nós (170 quilômetros por hora). 

Conforme mostrado em 'Congonhas: Tragédia Anunciada', a caixa-preta registrou o som do toque da aeronave na pista, que foi feito de maneira correta, mas ao invés dos pilotos baixarem os dois manetes da aeronave, para acionarem o reverso (o freio do avião), apenas um deles foi colocado na posição necessária — enquanto o outro continuou acelerando (na posição de climb). 

Cena do documentário 'Congonhas: Tragédia Anunciada' / Crédito: Divulgação/Netflix

Assim, a aeronave acabou invadindo o gramado e o pátio de manobras do Aeroporto de Congonhas. Posteriormente, deslizou sobre o local e saiu das delimitações, invadindo avenida Washington Luis e colidindo com o edifício da TAM Express. 

Por ser uma região muito movimentada, acabou atingindo pessoas em solo, contabilizando 12 mortos e 13 feridos. Entre os passageiros e a tripulação, ninguém sobreviveu.

Sem culpados

Por meio do relatório final divulgado pela perícia, em 2009, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, órgão filiado à Força Aérea Brasileira, concluiu que o acidente foi responsabilidade do piloto que errou ao configurar irregularmente os manetes.

Além disso, apontaram irregularidades na pista, como a falta de groovings (ranhuras, em tradução livre) e autonomia excessiva utilizada nos computadores do TAM 3054. 

Em 2011, o procurador da República Rodrigo de Grandis denunciou o então diretor de segurança de voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro; o então vice-presidente de operações da aérea, Alberto Fajerman; e Denise Abreu, a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

No entanto, em 2014, o MPF decidiu absolver Fajerman das acusações, pois segundo as autoridades, não havia provas suficientes para a condenação. A Procuradoria pediu a prisão de Denise Abreu e Marco Aurélio por homicídio doloso — quando há intenção de matar — por considerar que assumiram os riscos ao colocarem uma aeronave em uma pista irregular.  

Em 2015, no entanto, o MPF recorreu após o juiz Márcio Assad Guardia inocentar os três réus. De acordo com o relatório, o acidente teria ocorrido independentemente das condições climáticas, pois o manejo dos manetes estavam irregulares. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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