Covas de cavalos sacrificados na Idade do Bronze são encontradas na China
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Nesta quarta-feira, 1, o portal de notícias Live Science divulgou que os ossos de 120 cavalos foram encontrados nas ruínas de uma cidade da Idade do Bronze na China. A descoberta dos seis poços de sacrifício foi publicada pela primeira vez em 3 de agosto, na revista científica universitária Antiquity.
A cidade de Yaoheyuan, localizada nas Montanhas Liupan, noroeste da China, serviu de centro cultural e político durante o Período Zhou Ocidental (1045 a.C. a 771 a.C.). O município apresentava cemitérios de alto status, um complexo palaciano, um centro urbano murado, fossos de sacrifício, uma fundição de bronze e oficinas de cerâmica.
Conforme repercutido pelo portal da revista Galileu, o sacrifício era comum na cidade de Yaoheyuan. Túmulos com os restos mortais de pessoas, cavalos, bois, cabras, galinhas, cachorros e coelhos deviam o espaço com sepulturas humanas.
Os poços de sacrifício encontrados pelos arqueólogos apresentavam esqueletos desmembrados de cavalos, indicando que os animais eram despedaçados antes de serem jogados na cova.
Segundo o autor do estudo, Feng Luo, oriundo da Universidade do Noroeste, em Xi'an, China, o sepultamento e o consumo desses cavalos durante os sacrifícios atestam a riqueza e a posição de Yaoheyuan, além de certificar a presença desses animais na região.
Os cavalos eram um dos recursos mais importantes no noroeste da China durante o Período Zhou Ocidental”, observou Luo no estudo repercutido pela Live Science.
Descobertas
Além das covas dos animais, os pesquisadores também encontraram o primeiro local voltado para a fundição de bronze deste período, objetos de jade e pedra, moldes de cerâmica e vasos e ossos gravados com cerca de 150 ideogramas. Uma rede de canais, ruínas de casas, fornos e estradas também foram descobertos por arqueólogos.
Estas descobertas sem paralelo fornecem novas evidências significativas para examinar a paisagem política e cultural do noroeste da China e, de forma mais ampla, para reavaliar as relações entre centros e periferias durante o final da Idade do Bronze chinesa”, concluiu Luo em sua pesquisa.