De Paulo Feire a Fernão Dias: estação de metrô em São Paulo mudará de nome e homenageia bandeirante
Aventuras Na História
Desde que foi anunciada em 2013, a desapropriação de terrenos para a expansão da Linha 2 - Verde do Metrô de São Paulo, uma de suas estações receberia o nome de Paulo Freire, “patrono da educação brasileira”. No entanto, o Metrô anunciou a alteração do nome da futura estação para Fernão Dias, conhecido como "caçador de esmeraldas", um bandeirante escravocrata responsável por explorar a população indígena.
Mesmo que o nome da estação — que será construída na Avenida Educador Paulo Freire próximo à Rodovia Fernão Dias — tenha sido alterado, sua obra ainda nem começou. Para que os trabalhos sejam iniciados, como repercutido pelo G1, dependem de outras desapropriações.
Mudança de nome
O Metrô, empresa controlada pelo governo paulista, ao ser questionada, ainda segundo a fonte, afirmou que a escolha dos nomes das estações é feita por estudos e pesquisas de opinião com moradores das regiões próximas, mas sem informar em que período essas pesquisas foram feitas, quantas pessoas participaram, desde quando a consulta é realizada e nem mesmo quais outras estações estão em processo de validação de nome.
"Para a estação Fernão Dias, o processo - pesquisa de toponímia e pesquisa de opinião - foi concluído em 2022 e esse nome obteve a maior quantidade de respostas na pesquisa de opinião (57%), em relação aos outros dois nomes possíveis: Paulo Freire (29%) e Parque Novo Mundo (14%)", respondeu o Metrô em nota.
De acordo com a companhia, o nome Paulo Freire, para a criação de referências nos projetos até a confirmação pelas pesquisas, "era apenas provisório". A mudança de nome ocorre sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Obra
A Linha 2 - Verde liga a estação Vila Madalena, na Zona Oeste, até a estação Vila Prudente, na Zona Leste de São Paulo. Com o projeto de extensão, a previsão é de ligação da Vila Prudente até Guarulhos, na Região Metropolitana. Com entrega estimada para 2026, a expansão, na primeira etapa, irá até a Penha.
O nome do educador Paulo Freire constava na lista como homenageado quando foi anunciada, pela então gestão estadual, a desapropriação de terrenos para a expansão da linha.