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De traições a mortes suspeitas: 5 particularidades da família imperial brasileira
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De traições a mortes suspeitas: 5 particularidades da família imperial brasileira

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Aventuras Na História
09/02/2023 19h00
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A família imperial brasileira é repleta de particularidades que moldaram os laços familiares e a construção histórica do Brasil. Confira abaixo 5 fatos curiosos envolvendo esta linhagem:

1. Os dias infernais de Maria I de Portugal 

A rainha Maria I liderou Portugal, até que em 1792, foi destituída sob alegações de insanidade. Conhecida injustamente e pejorativamente como “louca”, Maria I teve que enfrentar, em um período curto de tempo, a morte do marido, do tio, da filha D. Mariana, do genro, do filho mais velho José e do amigo Frei Inácio.

Tais fatos lhe acarretaram uma tristeza profunda, que foi agravada no fim de sua vida, após ser submetida a diversos tratamentos violentos. Isolada da família, em diversos momentos a monarca se via sozinha e abandonada. Enquanto isso, a depressão era agravada e até os seus sustentos religiosos lhe foram tirados sob a justificativa que os ícones agravavam sua saúde mental.

 Maria I, a Rainha de Portugal e Algarves / Crédito: Wikimedia Commons

Maria I, por sua vez, se recusava a tomar os medicamentos, e encontrou na religião uma válvula de escape para as suas agruras. No entanto, com o tempo, seu medo de ir para o inferno passou a consumi-la, até que foi submetida a camisa de força, banhos de água gelada e terapia por choques elétricos. 

Maria I passou seus últimos anos de vida no Convento do Carmo, no Rio de Janeiro, onde faleceu em isolamento, enquanto rezava e chorava, no dia 20 de março de 1816, aos 81 anos.


2. A misteriosa morte de Dom João 

Em março de 1826, Dom João começou apresentar diversos problemas de saúde, como vômitos, colapsos nervosos e desmaios. Em poucos dias, as dores intensificaram, até que o monarca veio a falecer na madrugada do dia 9, aos 58 anos de idade.

Sua morte súbita e repentina levantou diversas teorias conspiratórias, entre elas as de envenenamento e sabotagem. Dentre os suspeitos, estava o nome de sua esposa Carlota Joaquina, com quem não se dava muito bem. 

Retrato de Dom João VI / Crédito: Wikimedia Commons

Já nos anos 2000, uma equipe de pesquisadores teve acesso aos restos mortais de Dom João e, por meio de análises digitalizadas, os especialistas encontraram uma quantidade letal de arsênico em seu organismo, levando a hipótese de assassinato ou suicídio. 


3. As amantes de Dom Pedro I

Que Dom Pedro I vivia repleto de amantes não é novidade para ninguém. O primeiro imperador do Brasil foi responsável por protagonizar um dos triângulos amorosos mais conhecidos da história brasileira. Casado com Maria Leopoldina, Dom Pedro I teve diversos casos extraconjugais, sendo o mais conhecido com a Marquesa de Santos. 

No entanto, o imperador também manteve relações com a baronesa de Sorocaba, irmã de sua amante mais famosa. Maria Domitila e Dom Pedro I viveram um intenso relacionamento que era exposto diante de todos, incluindo Maria Leopoldina.

Retrato oficial de Dom Pedro I / Crédito: Wikimedia Commons

Entretanto, o soberano manteve relações com Maria Benedita, a baronesa de Sorocaba. Ao contrário de sua irmã, a jovem manteve o relacionamento em total segredo e discrição, mas Domitila teria descoberto que a sua irmã estava esperando um filho do seu amante. Maria Leopoldina, por sua vez, faleceu um ano antes de toda essa confusão.


4. A vida infeliz de Leopoldina

Casada com Dom Pedro I, Maria Leopoldina teve uma vida curta e repleta de decepções e traições. A imperatriz sabia dos casos extraconjugais do marido e, conforme a relação de Dom Pedro I e da Marquesa de Santos se intensificava, ele ordenou que a amante se tornasse dama de companhia de sua esposa. 

Prestes a dar à luz a Francisca de Bragança, Leopoldina sofreu mais um golpe: Domitila teve uma filha com Dom Pedro I, chamada Isabel Maria de Alcântara, a Duquesa de Goiás. Além disso, a sua relação com o marido não era nada amigável, pois constantemente Dom Pedro I a tratava com desdém. 

Leopoldina em pintura oficial / Crédito: Wikimedia Commons

Para piorar a tristeza da imperatriz, a morte de sua amiga, a Condessa de Linhares, a deixou extremamente abalada, assim como a morte súbita e precoce de seus filhos. Ainda no útero, o pequeno príncipe Miguel de Bragança veio a falecer antes de vir ao mundo, no dia 26 de abril de 1820. Já em 4 de fevereiro de 1822, João Carlos Pedro Leopoldo Borromeu de Bragança veio a óbito com somente 11 meses de vida.

Com a saúde fragilizada, em novembro de 1826, Leopoldina ficou gravemente doente. Com fortes cólicas, sangramentos e vômitos intensos, a imperatriz passou seus últimos dias de vida deitada em uma cama, sob delírios. Em 11 de dezembro daquele mesmo ano, Maria Leopoldina veio a falecer no Palácio de São Cristóvão. 


5. A morte dos filhos de Dom Pedro II

Assim como seus pais, Dom Pedro II teve que enfrentar a dolorosa morte precoce de três de seus quatro filhos. O primeiro a falecer foi Dom Afonso, nomeado como o Príncipe Imperial do Brasil. Com apenas dois anos, o garoto foi encontrado morto no dia 11 de junho de 1847, enquanto se aventurava na biblioteca do palácio. Segundo os laudos médicos realizados na época, o pequeno herdeiro foi vítima de uma série de convulsões. 

Dom Afonso, Pedro Afonso e Leopoldina, respectivamente / Crédito: Creative Commons

Assim como seu irmão, no dia 9 de janeiro de 1850, Pedro Afonso veio a óbito logo após sofrer uma série de convulsões. A morte do herdeiro abalou tanto Dom Pedro II e Teresa Cristina, que especula-se que este seja o real motivo pelo qual o casal não tenha tido mais filhos.

A última morte abalar a realeza foi a de Leopoldina, terceira filha de Dom Pedro II, que recebeu esse nome em homenagem à sua avó. Extremamente culta e inteligente, a princesa teve sua vida interrompida em 7 de fevereiro de 1871, após contrair febre tifóide, aos 23 anos de idade.


Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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