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Diretor de organização judaica observa no Brasil um 'renascimento de grupos neonazistas'
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Diretor de organização judaica observa no Brasil um 'renascimento de grupos neonazistas'

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Aventuras Na História
17/02/2023 19h43
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15429706/original/open-uri20230217-17-dvhim3?1676666303
©Divulgação / Guarda Municipal
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Para o diretor para a América Latina do Centro Simon Wiesenthal, Ariel Gelblung, o episódio do adolescente de 17 anos detido com bombas caseiras em uma escola enquanto usava uma braçadeira com uma suástica nazista, é reflexo do recente fortalecimento da ideologia neonazista no Brasil.

"Há um renascimento de grupos neonazistas no Brasil. Vimos algo semelhante acontecer nos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump, quando membros da extrema direita se achavam no direito de expressar e dizer qualquer coisa", disse o advogado em entrevista à BBC News Brasil. "O mesmo aconteceu no Brasil durante o governo Bolsonaro", apontou o argentino.

Gelblung disse ainda que, embora esteja tranquilo que não houve vítimas ou danos significativos durante o incidente ocorrido no interior de São Paulo, ele está preocupado com o episódio em si.

Ataque promovido por jovem

O ataque ocorreu em Monte Mor, na Região Metropolitana de Campinas, na última segunda-feira, 13. O prédio alvo do agressor abriga duas unidades de ensino: a Escola Estadual Professor Antonio Sproesser e a Escola Municipal Vista Alegre, onde ele, que não teve a identidade revelada, estudou até o 5º ano do ensino fundamental.

De acordo com o portal BBC, dois artefatos chegaram a explodir depois de atingir a grade de entrada do estabelecimento, porém, felizmente, ninguém ficou ferido.

A Guarda Municipal informou, mais tarde que, além da braçadeira, foram encontrados com o menor de idade um caderno e livros com referências nazistas, além de uma réplica de fuzil.

É preciso ficar em alerta

É a primeira vez que vemos algo assim recentemente no Brasil. Trata-se de um adolescente e sinceramente não sabemos se a motivação foi pessoal ou ideológica. Mas isso é um sinal de que temos que ficar em alerta", afirmou Ariel.

Para o diretor da organização judaica, não há necessariamente uma ligação direta entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o antissemitismo. No entanto, as visões e alianças feitas pelo político ao longo de seu mandato deram espaço para o crescimento de uma extrema direita bastante perigosa.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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